TEXTO DRAMÁTICO
Uma Criança, uma Família, uma História.
Introdução
– Era uma vez um filho.
– Uma família.
– Uma escola.
Entram os personagens e se apresentam
A Mãe (Entra Arrumando o filho para ir à escola)
– Anda João! Está atrasado, o ônibus já vai passar. Se você perder o ônibus você apanha!
O aluno sai e volta como se tivesse ido à escola.
O Pai pergunta:
– João, o que você fez na escola hoje?
– Teve muito dever?
João Responde:
– Pai, a aula foi chata, a professora deu um monte de dever, estou com meu dedo doendo.
Mãe:
– Ah, muito bem, assim que eu gosto de ver! Deixa de ser preguiçoso!
João diz:
– Mas mãe, o meu colega me deu um chute, falou mal da senhora e a professora não fez nada!
Mãe reclama:
– Assim não está certo! É assim que se ensina na escola? Criança sem educação, professor que não faz nada?
– Eu vou lá! Vou reclamar com a diretora, isto não está certo!
Volta o Narrador:
É, meus amigos, a vida na escola continua. O João continuava indo e vindo da escola para casa e da casa para escola. O João aprendia a ler e a escrever, mas não aprendia a respeitar para ser respeitado.
Por sua vez, a escola fazia sua parte, mas o João era muito rebelde, brigão e dava muito trabalho.A professora levava-o para a direção, a diretora conversava com ele para saber como era sua vida na família e justificar a rebeldia de João.
Entra a professora levando o João para a diretoria.
João sempre dizia:
– Minha mãe e meu pai vivem brigando, não ligam pra mim.
– Dizem que eu só atrapalho a vida deles, que deviam me internar pra eu aprender.
Volta o Narrador:
– A diretora preocupada conversa com João, faz um bilhete chamando o responsável e entrega ao João.
– João chega a casa e entrega o bilhete à mãe.
A Mãe diz:
– Ora, essa diretora pensa que eu não tenho o que fazer? Vivo batendo pernas por aí, eu não vou lá não, elas que se virem já que não sabem educar!
Volta o Narrador:
Professores e a diretora esperam em vão a mãe de João que não vem, e falam:
A Professora:
– Viu! Como podemos corrigir Joãozinho se a família não ajuda?
– Trata mal o filho, não vem conversar com a gente, os pais também têm que ter responsabilidade!
Volta o Narrador:
Assim a família e a escola se distanciavam uma da outra.
O João, coitado, ficava dividido e se perguntava:
João se Perguntava:
– Quem tinha razão?
– A Família?
– A escola?
– Afinal, não sou eu o princípio e o fim da família e da escola?
– Isto não está certo, elas têm que se entenderem, parar de jogar a culpa uma em cima da outra.
– E eu, o que faço enquanto isso?
Volta o Narrador:
João, o único machucado e deformado na guerra família X escola, sugere:
João pergunta:
– Por que vocês não se unem, não trabalham juntas, não somam esforços, não compartilham realizações, por que não me curam em vez de me machucarem, por que não me formam ao invés de me deformarem?
Volta o Narrador:
A Família e a escola ouviram a voz de João e diante de tantos porquês, se humilharam, reconheceram seus erros e passaram a trabalharem juntas, curaram em vez de machucarem e formaram em vez de deformarem.
Todos juntos voltam e falam:
“Era uma vez um filho, uma família e uma escola.”
1) O texto dramático “Uma Criança, uma Família, uma História” pode ser classificado em tragicomédia, tragédia ou comédia?
2) O que marca a estrutura externa no texto dramático “Uma Criança, uma Família, uma História”?
3) Identifique no texto dramático “Uma Criança, uma Família, uma História”:
A) Os personagens-
B) O protagonista-
C) Os espaços dramáticos
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1)
O texto classifica-se como tragicomédia, uma vez que apresenta leve tom humorístico (a mãe com seus chiliques, por exemplo), mas, possui um final feliz.
2)
A estrutura externa de um texto dramático diz respeito às divisões de ato e cena. Neste caso, marcadas pela transição entre a casa e a escola.
3)
a.
Os personagens são: Joãozinho, a mãe, o pai, a diretora, a professora, os colegas.
b.
O protagonista é o Joãozinho, um menino que tem problemas de comportamento.
c.
Os espaços dramáticos são a casa e a escola de Joãozinho.
Espero ter ajudado, bons estudos.
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