Texto dissertativo sobre a Filosofia no nosso cotidiano.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Que estudar Filosofia, mas acha que ela está distante da nossa realidade? Pois saiba que essa área do conhecimento tem mais consequências práticas do que você imagina. Além de permitir que a gente veja o mundo de maneira diferente, ela transforma o modo como interagimos com ele.
Filosofia vai muito além do profundo conhecimento sobre abstrações de antigos pensadores. Ela busca um propósito e um sentido para tudo. E o pensamento crítico nos ajuda a tomar decisões mais conscientes em situações do dia a dia.
Veja, a seguir, alguns exemplos de como um pensar racional e ético concede ao ser humano a possibilidade de escolhas que dão mais sentido à vida:
Como ajudar mais pessoas?
Já pensou em fazer uma doação, mas achou que o volume de dinheiro que tinha para dar não seria suficiente para fazer a diferença? Alguns filósofos defendem que mesmo as pequenas doações podem ajudar muito mais do que imaginamos. Um valor insignificante para a realidade brasileira pode ser valioso em países que vivem em situação econômica pior.
O filósofo William MacAskill, da Universidade de Oxford, também aconselha a sempre questionar se a ajuda vai para uma área que precisa de recursos, pois isso é melhor do que doar para uma ação que já tem muitas pessoas engajadas.
Além disso, vale checar o alcance da ONG em sites como o Give Well, que analisa o impacto das ONGs no mundo, ou o The Life You Can Change, que tem uma calculadora que permite saber como a doação será usada.
Qual candidato eleger?
O voto é a prova de que você pode fazer a diferença em uma democracia. Por isso, é importante refletir antes de escolher um candidato. Por exemplo, você prefere criar uma sociedade economicamente justa ou aumentar as liberdades individuais?
O filósofo americano John Rawls sugere que a gente imagine um grupo de pessoas reunidas para definir os princípios fundamentais de uma sociedade. Mas com um detalhe: elas não sabem qual será sua posição nessa sociedade. Sem saber se serão ricas ou pobres, elas tendem a escolher dois princípios básicos: igualdade social e econômica, e garantia das liberdades básicas para todos os cidadãos, como a liberdade de expressão e de religião. Essa é a base do pensamento social-democrata. Acontece que nem todos concordam com os resultados dessa abordagem.
Para Robert Nozick, a riqueza não é algo que já exista e só precise ser distribuída. Ela deve ser criada, e quando as pessoas são livres para decidir, é natural que algumas tenham mais dinheiro que outras. Nesse caso, sempre que houver uma troca livre, o resultado será justo. Ou seja, esses defendem o liberalismo moderno.
Como devo encarar a morte?
Para Arthur Schopenhauer, o fato de que nossas vidas estão cercadas por nada nos faz sentir uma angústia existencial, seja por saber que milhões de anos se passaram até nascermos ou pelo nada que virá quando morrermos.
Para o filósofo romano Lucrécio, a eternidade até nosso nascimento é um espelho do que vai acontecer depois de nossa morte. Já para o grego Epicuro, esse medo é irracional, pois não podemos sentir nada depois de mortos. Por isso, não deveríamos temê-la.
Seria a imortalidade uma solução para tudo isso? O britânico Bernard Williams entende que não, pois ela seria entediante e tiraria o sentido da vida. Se sobra tempo para fazer tudo, não temos urgência em fazer nada. Ou seja, não podemos nos livrar do medo da morte, mas ela nos lembra que devemos aproveitar nossas vidas.