Português, perguntado por matildepereira58, 5 meses atrás

Texto de robison Crusoé o naufragio?

Soluções para a tarefa

Respondido por tiago1558
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Resposta:

Explicação:

                                        O naufrágio

Era medonha a força das águas. O bote acabou virando e nos lançando todos ao mar.

Uma onda violentíssima me engolfou e, enquanto tentava desesperadamente voltar à tona,

percebi que a marola havia me aproximado da terra. Usando de todas as minhas forças, nadei

na sua direção, antes que outra onda pudesse me afastar da costa. Nada percebi de meus

companheiros, desesperado em salvar a própria vida.

Uma onda me jogou contra uns rochedos e por pouco não desmaiei. Num esforço

supremo, subi nas pedras segurando-me numas ervas e caí de bruços, enquanto o mar rugia

atrás de mim.

Depois de descansar um pouco, sentei-me e vi onde o navio havia encalhado. Estava

tão longe em meio a um temporal tão impressionante, que era quase um milagre ainda se

manter intacto.

Foi nesse momento que me dei conta do milagre de estar vivo! A excitação da

descoberta de tal modo me alegrou, que corri pela praia, dando vivas e fazendo cambalhotas...

só então tive consciência de não ver sinal de meus companheiros. Olhei em todas as direções,

nada! Como resposta, o oceano me enviou três chapéus, um gorro e dois sapatos de diferentes

pares.

A noite se aproximava. Tive medo e acreditei ficar mais protegido se subisse numa

árvore. Por sorte, achei uma fonte de água doce ali perto e bebi até me fartar. Mastiguei um

pouco de fumo para diminuir a fome e subi na árvore. Era tal o meu cansaço que dormi até o

dia seguinte.

Quando despertei, a manhã já ia alta. A tempestade tinha passado, o sol era radiante e

o mar estava tranquilo. Com grande surpresa, vi que o navio continuava preso às rochas. Ah,

como o destino é estranho e os desígnios de Deus são impossíveis de se prever! Se

tivéssemos ficado a bordo, em vez de nos aventurarmos num bote, era bem provável que todos

tivéssemos sobrevivido.

A meia milha de distância, encalhado na praia, estava o nosso bote, vazio. Ao meio-dia

a maré estava tão baixa que poderia nadar facilmente até o navio e foi o que fiz. A quilha

estava bem alta e tive dificuldade em subir até a embarcação, mas achei uma das cordas com

que havíamos descido o bote na véspera. Subi por ali.

O navio estava praticamente cortado ao meio, mas a quilha ficara bem alta, e tudo ali

parecia protegido da ação do mar.

Estava faminto e minha primeira providência foi correr à despensa; enchi os bolsos de

biscoitos e fui devorando-os, enquanto caminhava pelo navio. Encontrei também um cão e dois

gatos que viajavam conosco. Alimentei-os também e eles me acompanharam na pesquisa a

bordo. [...]

Precisava de um bote para levar a terra as coisas que pudessem ser úteis, mas tive de

me contentar com uma jangada improvisada. Havia muita madeira solta pelo convés. Eu as uni

com uma corda e assim obtive a jangada, reforçada com um dos mastros.

Retirei o que tivesse utilidade para um náufrago. Revirei os baús dos marinheiros e

esvaziei-os das roupas, colocando ali alimentos como pão, biscoito, queijo, carne defumada e

um resto de trigo. [...]

Estava tão ocupado nessas tarefas que sequer reparei na subida da maré. Separei

algumas roupas e outros objetos que me pareceram indispensáveis, como ferramentas, e me

apressei em descer à jangada.

Lembrei-me também de que necessitava de armas. Na cabine do comandante achei

duas belas pistolas e duas espingardas, alguns potes de pólvora e um saco de balas. Sabia

que no navio havia três barris de pólvora, mas não recordava a sua localização

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