TEXTO 2
Em fevereiro de 2002, Jeffrey Johnson e colaboradores da Universidade de Columbia publicaram na revista Science os resultados de uma pesquisa abrangente que estende as mesmas conclusões para adolescentes e adultos jovens expostos diariamente às cenas de violência na TV.
A partir de 1975, os pesquisadores passaram a acompanhar um grupo de 707 famílias, com filhos entre um e dez anos de idade. No início do estudo, as crianças tinham em média 5,8 anos e foram seguidas até 2000, quando atingiram a média de 30 anos. Nesse intervalo de tempo, periodicamente, todos os participantes e seus pais eram entrevistados para saber quanto tempo passavam na frente da televisão. Além disso, respondiam a perguntas para avaliar a renda familiar, a possível existência de desinteresse paterno pela sorte dos filhos, os níveis de violência na comunidade em que viviam, a escolaridade dos pais e a presença de transtornos psiquiátricos nas crianças, fatores de risco sabidamente associados ao comportamento agressivo.
A prática de atos agressivos pelos jovens foi avaliada por meio de sucessivas aplicações de um questionário especializado e de consulta aos arquivos policiais. Depois de cuidadoso tratamento estatístico, os autores verificaram que, independentemente dos fatores de risco citados acima, o número de horas que um adolescente com idade média de 14 anos fica diante da televisão, por si só, está significativamente associado à prática de assaltos e à participação em brigas com vítimas e em crimes de morte mais tarde, quando atinge a faixa etária dos 16 aos 22 anos. Essa conclusão vale para homens ou mulheres, mas não vale para os crimes contra a propriedade, como furtos e vandalismo, que aparentemente parecem não guardar relação com a violência presenciada na TV.
Conclusões idênticas foram tiradas analisando-se o número de horas que um jovem de idade média igual a 22 anos (homem ou mulher) dedica a assistir à televisão: quanto maior o número de horas diárias, mais frequente a prática de crimes violentos. Entre adolescentes e adultos jovens expostos à TV por mais de três horas por dia, a probabilidade de praticar atos violentos contra terceiros aumentou cinco vezes em relação aos que assistiam durante menos de uma hora. O estudo do grupo de Nova York é importante não só pela abrangência (707 famílias acompanhadas de 1975 a 2000) ou pela metodologia criteriosa, mas por ser o primeiro a contradizer de forma veemente que a exposição à violência da mídia afeta apenas crianças pequenas. Demonstra que ela exerce efeito deletério sobre o comportamento de um universo de pessoas muito maior do que aquele que imaginávamos.
VARELLA, Drauzio. Violência na TV e comportamento agressivo, 2011. Disponível em: Acesso em: 10 out. 2020.
Considerando as informações apresentadas, analise as afirmações a seguir.
I. O Texto 1 corrobora as afirmações do Texto 2 acerca da relação entre a superexposição dos indivíduos à violência através de programas televisivos e o aumento da prática de atos violentos por parte dos jovens.
II. Os estudos trazidos no Texto 2 indicam que é possível concluir que, assim como fora verificado em crianças, adolescentes e adultos jovens podem ter seu comportamento afetado pela violência excessivamente exposta na TV.
III. O Texto 1 corrobora as afirmações do Texto 2 de que há um excesso no modo como os programas televisivos exploram e expõem fatos relacionados a crimes violentos, o que, segundo o texto 2, tem impactado especificamente pessoas do sexo masculino.
É correto o que se afirma em
Soluções para a tarefa
Resposta:
Corretas: I e II
Explicação:
,
Temos como informações obtidas a partir da intepretação do texto que apenas os itens l e ll estão corretos. O item lll é incorreto.
Podemos observar que a alta exposição dos atos de violência é algo que pode vir a influenciar as atitudes de muitos indivíduos, visto que o poder que os programas televisivos exercem sobre a conduta de várias pessoas é algo concreto.
O texto 1 é uma confirmação das informações que o texto 2 possui. Atos violentos de vários jovens são tomados por influência de programas da TV. A maioria dos jovens é do sexo masculino.
No entanto, este tipo de comportamento é inadequado e deve ser erradicado. Os pais devem construir certas "barreiras" sobre este tipo de conteúdo exageradamente violento.
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