Texto 1
Trem de ferro
[...]
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
[...]
Texto 2
Versos de Natal
Espelho, amigo verdadeiro,
Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,
Os meus olhos míopes e cansados
Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!
[...]
Texto 3
Mascarada
[...] Pois não me conheces?
– Não conheço não.
– Choraste em meus braços...
– Não me lembro não.
[...]
BANDEIRA, Manuel. Meus poemas preferidos. 1.ed. reform. Ediouro: São Paulo, 2002. p. 100, 110,162.
Nos três trechos de poemas, há pronomes junto a verbos. A respeito da colocação pronominal nos versos de Manuel Bandeira, houve uma incoerência em um dos casos destacados, de acordo com a norma-padrão. O erro acontece
(A)
no Texto 1, porque deve ser feita próclise em textos de estilo mais coloquial, como é o caso de Trem de ferro.
(B)
no Texto 2, pois o pronome "Tu" está exercendo a função de sujeito da oração, constituindo, portanto, a próclise.
(C)
no Texto 3, porque a próclise só pode acontecer se o pronome oblíquo iniciar a frase ou o verso.
(D)
no Texto 1, pois não é possível fazer próclise iniciando frase ou verso com pronome oblíquo.
(E)
nos textos 1 e 3 pelo mesmo motivo, aproximação de uma palavra negativa.
Soluções para a tarefa
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O caso onde há incoerência entre o uso de verbos e pronomes, no poema de Manoel Bandeira, é o exposto na letra A.
A letra A é a alternativa que apresenta erro, pois a próclise não deve ser usada em frases e textos com sentido coloquial, textos formais. Pois ao utilizarmos da mesma vemos a produção de um vício de linguagem conhecido como cacofonia.
A cacofonia gera a produção sonora em uma frase, que faz com que o leitor da mesma se confunda quanto ao sentido das palavras envolvidas na frase e em seu contexto.
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