Texto 1 Se temos uma vara encurvada e queremos que ela fique reta, curvamos a vara para o lado contrário para que ela fique, depois, na posição vertical. Isso é uma metáfora para mostrar um movimento que acontece com frequência – se não sempre – na Educação. Fomos para o lado do construtivismo (que não é método), depois vimos que não é nada disso. A tendência pode ser curvar a vara para o outro lado, à espera de que ela fique reta. Mas, é preciso saber se é isso mesmo que teria de ser feito. É preciso saber o que significa esse “curvar para o outro lado”. Isso pode significar voltar ao antigo, ao tradicional. Muitos professores dizem: “Ah, isso não funciona, e os alunos não estão aprendendo a ler e a escrever; então vou voltar àquele meu velho método silábico de alfabetizar pela cartilha escolar, porque tudo antes corria muito bem. TFOUNI, L. V. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 1995. Texto 2 A perda de especificidade do processo de alfabetização, nas últimas décadas, é um, entre os muitos e variados fatores, que pode explicar esta atual “modalidade” de fracasso escolar em alfabetização. Talvez se possa afirmar que na “modalidade” anterior de fracasso escolar – aquela que se manifestava em altos índices de reprovação e repetência na etapa inicial do ensino fundamental – a alfabetização caracterizava-se, ao contrário, por sua excessiva especificidade, entendendo-se por “excessiva especificidade” a autonomização das relações entre o sistema fonológico e o sistema gráfico em relação às demais aprendizagens e comportamentos na área da leitura e da escrita, ou seja, a exclusividade atribuída a apenas uma das facetas da aprendizagem da língua escrita. O que parece ter acontecido, ao longo das duas últimas décadas, é que, em lugar de se fugir a essa “excessiva especificidade”, apagou-se a necessária especificidade do processo de alfabetização. SOARES, M. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, n. 25, p. 5–17, abr. 2004 (adaptado). A partir dos fragmentos de textos apresentados, avalie as afirmações a seguir. I. Retornar ao modelo tradicional de ensino é uma alternativa para o retorno à especificidade da alfabetização e, consequentemente, para a superação do fracasso que se vivencia na atualidade. II. É preciso que se direcione o processo de alfabetização para um equilíbrio, em que as propostas metodológicas estejam adequadas à complexidade da alfabetização e ao uso social da escrita. III. Ensinar a ler e escrever, com vistas à superação das modalidades de fracasso, consiste em um desafio, que agrega a conciliação dos processos de apropriação do sistema alfabético e ortográfico (codificação e decodificação) e a compreensão e uso da língua nas práticas sociais. IV. As práticas de leitura e escrita perdem sua especificidade quando não se considera o uso da cartilha no processo de alfabetização da criança. É correto apenas o que se afirma em A - I e III B - I e IV C - I, II e III D - I, II e IV E - II e III
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E= ll e lll
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