Texto 1: o Deus verme
Fator universal do transformismo.
Filho da Teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme-é o seu nome obscuro de batismo.
Jamais emprega o acérrimo exorcismo.
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.
Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrópicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...
Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!
Texto 2: idealismo
Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor da humanidade é uma mentira.
É. E é por isso que na minha Lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a humanidade inspira
É o amor da sibarita e da hetaira,
De Messalina e de sardanapalo?!
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique e imaterializado
-alavanca desviada do seu futuro-
Imagina só amizade verdadeira
Do uma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
Questões: DO TEXTO 1 O DEUS VERME
c) conclua: que visão o eu lírico tem da vida e do mundo?
4 questão: compare os dois poemas quanto a linguagem, a forma e ao conteúdo?
a) tendo em vista que, no passado, a poesia privilegiava um vocabulário elevado, considerado de bom gosto, responda: que palavras ou expressões desses textos fogem a essa tradição? De que esfera do conhecimento são palavras?
b) O que aproxima os dois poemas quanto à forma?
c) que é feito resulta da mistura da forma clássica com temas e termos pouco convencionais?
Soluções para a tarefa
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Olá, tudo bem? Vou te ajudar nessa questão:
c) O eu lírico tem uma visão fatalista da vida, afirmando que a putrefação é o destino final de todos, cujos defuntos serão transformados pelo "deus-verme".
4. a) Em ambos os textos podemos encontrar palavras que não são consideradas um vocabulário "elevado", como os termos "verme", "podridão", "caveira" e "sepulcro".
b) Em relação à forma, podemos perceber que ambos os poemas são sonetos, ou seja, apresentam dois quartetos e dois tercetos.
c) Essa mistura de formas clássicas e temas ou termos pouco convencionais causam um certo estranhamento no leitor, já que resulta numa quebra de expectativa em relação à leitura.
c) O eu lírico tem uma visão fatalista da vida, afirmando que a putrefação é o destino final de todos, cujos defuntos serão transformados pelo "deus-verme".
4. a) Em ambos os textos podemos encontrar palavras que não são consideradas um vocabulário "elevado", como os termos "verme", "podridão", "caveira" e "sepulcro".
b) Em relação à forma, podemos perceber que ambos os poemas são sonetos, ou seja, apresentam dois quartetos e dois tercetos.
c) Essa mistura de formas clássicas e temas ou termos pouco convencionais causam um certo estranhamento no leitor, já que resulta numa quebra de expectativa em relação à leitura.
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