Português, perguntado por soniascultz, 1 ano atrás

Texto 1 “Não tenho nenhum tipo de preconceito. Na minha secretaria, vou atender negros e gays como se fosse qualquer pessoa normal.” Marco Feliciano, Ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Deputado Federal (PSC - Partido Social Cristão / SP). Texto 2 Quem vê raça não vê gente O gesto simples e improvisado de Daniel Alves ao comer uma banana atirada no campo de futebol humilhou os racistas e lembrou a todos o óbvio: com nossas peles de cores diferentes, somos todos humanos. RODRIGO TURRER E JULIA KORTE - 10/05/2014 O Brasil é o país da mistura racial. A convivência entre negros e brancos sempre pareceu cordial e pacífica. Abolida a escravidão, nunca houve no país um conflito racial aberto entre negros e brancos. Especialmente no futebol. Em poucas áreas essa convivência foi tão harmoniosa quanto num gramado com uma trave de cada lado. Desde que os primeiros negros foram aceitos em clubes profissionais, nos anos 1920, o futebol brasileiro beneficiou-se da combinação de raças. No Brasil, o racismo só existia de forma velada. Em campos nacionais, ele nunca conseguiu estragar o espetáculo. Até agora. O medo é que surja algo semelhante ao que existe na Europa. No Velho Continente, esse abominável mal faz barulho. Negros e mestiços são alvos de manifestações racistas. Torcedores imitam macacos, bananas são atiradas ao gramado, gestos fascistas surgem na multidão. As autoridades europeias impõem duras penalidades, sem eliminar o problema. Coube a um atleta brasileiro, vindo da terra do racismo velado, uma atitude que impulsionasse essa luta. Foi o que mostrou Daniel Alves, de forma irreverente, ao comer uma banana atirada em campo. A qualidade de um craque da bola - ou de qualquer ser humano - independe da cor de sua pele. [...] A sua maneira, o racismo no futebol brasileiro nada mais é do que a reprodução de um fenômeno social. “No discurso racista, essas construções são usadas para criar uma hierarquia de pessoas”, diz Sérgio Costa, professor de sociologia da Universidade Livre de Berlim e estudioso das relações inter-raciais. “Seja na distribuição das oportunidades sociais ou na orientação de comportamentos no cotidiano, o preconceito social existe.” Quando o racismo é cristalizado na cabeça de alguém, ele influencia desde a escolha de um candidato a um posto de trabalho, da professora do filho pequeno, até os próprios relacionamentos amorosos. Segundo dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2012, cerca de 70% da população brasileira tem relacionamentos amorosos com pessoas do mesmo grupo de cor ou raça. Os brancos são o grupo mais “fechado”: 69,3% unem-se a pessoas da mesma cor, ante 45,1% dos negros. “É a permanência de uma ideologia que não acredita na divisão da diversidade humana em raças e as hierarquiza”, diz Marcel Diego Tonini, pesquisador em história social da Universidade de São Paulo (USP). “Há um racismo velado no Brasil, e temos vergonha de assumi-lo, mesmo sendo escancarado a suas vítimas, presente no cotidiano para quem quiser vê-lo.” TURRER, Rodrigo; KORTE, Julia. Quem vê raça não vê gente. Revista Época. 10 maio 2014. Disponível em: . Acesso em: 18 maio 2014. (com adaptações) A linguista Ingedore Koch afirma que A referenciação é uma atividade discursiva que consiste na construção e reconstrução de objetos de discurso, ou seja, os referentes de que falamos não espelham diretamente o mundo real, não são simples rótulos para designar as coisas do mundo, mas são construídos e reconstruídos no interior do próprio discurso, de acordo com nossa percepção do mundo, nossas crenças, atitudes e propósitos comunicativos. KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2010. p. 133-134. Considerando a citação da linguista Ingedore Koch e a leitura dos Textos 1 e 2, avalie as afirmações a seguir. I) No texto I, o uso elidido do pronome pessoal “eu”, que nesse caso é um dêitico pessoal, ancora-se, para o estabelecimento referencial, na indicação de seu nome após a citação. II) No texto II, a expressão “terra do racismo velado” é um recurso anafórico, que, além de trazer instrução de conexão, traz certa instrução de sentido caracterizando o seu referente, que é Brasil. III) No texto II, a expressão “No Velho Continente” é um recurso catafórico, que além de trazer instrução de conexão, traz certa instrução de sentido caracterizando o seu referente, que é Europa. É correto apenas o que se afirma em: II e III, apenas. I, II e III. I e III, apenas. II, apenas. I e II, apenas.

Soluções para a tarefa

Respondido por nayarao584
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Também, estou precisando dessa questão

panka: eu tb
panka: II e III, apenas.acredito que seja essa a correta
nayarao584: obrigada
nayarao584: a correta é 1 e2
jspace: Correta, apenas a 1 e a 2.
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