TEXTO 1
HONORIS CAUSA
Ulisses Tavares
Ah, o amor é uma bobagem
Escrevi, li, conversei a respeito.
Mas depois de conhecer você
Bagunçou tudo no meu peito
Perguntam se o amor é nada?
Ora, mais respeito se dê!
Bolas, isso é pergunta de quem
Não conhece você!
1) Identifique no segundo verso quem é o sujeito das formas verbais escrevi, li e conversei e classifique-o:*
2) No poema, há um verbo na 3ª pessoa do plural:*
a) Identifique-o.*
b) O sujeito desse verbo é oculto ou indeterminado? Por quê?*
c) Honoris causa é um título que se dá a alguém que tenha passado num exame ou concurso. Com base nessa informação, justifique o título do poema.*
3) Qual é o sujeito do verbo “é” presente no primeiro e no 5º verso.
TEXTO 2
Pois é
Ataulfo Alves
Falaram tanto que desta vez
A morena foi embora.
Disseram que ela era a maioral
E eu é que não quis acreditar
Endeusaram a morena tanto tanto
Que ela resolveu me abandonar.
A maldade dessa gente é uma arte
Tanto fizeram que houve a separação.
Mulher a gente encontra em toda parte
Mas não se encontra a mulher
Que a gente tem no coração.
1) Como você sabe, a voz que fala nos versos de um poema ou de uma canção é o eu lírico. Nessa canção, o eu lírico se sente vítima do diz-que-diz de alguém.*
a) O que devem ter dito à morena?
b) Levante hipóteses: O que devem ter falado à morena sobre o eu lírico?
c) Que expressão, empregada na 2ª estrofe, revela a opinião do eu lírico de que sua separação foi resultado do mau-caratismo de alguém?
2) Observe os três grupos de formas verbais:*
I – “A morena foi embora”.
“[...] ela resolveu me abandonar.”
II – “E eu [...] não quis acreditar.”
III – “Falaram tanto [...]” “Disseram que [...]”
“Endeusaram a morena tanto tanto”
“Tanto fizeram que [...]
Identifique se houver, o sujeito das formas verbais destacadas:
a) No grupo I:
b) No grupo II:
c) No grupo III:
3) De acordo com a visão do eu lírico, qual é o maior inimigo do amor?*
TEXTO 3
QUIPROQUÓ - Armênio Vieira
Há uma torneira sempre a dar horas
Há um relógio a pingar no lavabo
Há um candelabro que morde na isca
Há um descalabro de peixe no teto
Há um boticário pronto para a guerra
Há um soldado vendendo remédios
Há um veneno (tão mau) que não mata
Há um antídoto para o suicídio de um pobre
Senhor, senhor, que digo eu
Que ando vestido pelo avesso
E furto chapéu e roubo sapatos
E sigo descalço e vou descoberto?
Vocabulário:
a) Descalabro: desorganização, caos, queda, ruína, prejuízo.
b) Quiproquó: erro, equívoco, tomar uma coisa por outra.
c) Boticário: farmacêutico.
1) Nas duas primeiras estrofes do poema, destaca-se o emprego do verbo haver, que introduz cada um dos versos.*
a) Há sujeito nas orações introduzidas por esse verbo?
2) Observe os verbos da 3ª estrofe e indique qual é o sujeito de cada um deles.
3) Na 1ª e na 2ª estrofe, o eu lírico menciona uma série de elementos que estão a sua volta: torneira, relógio, candelabro, etc. observe o vínculo estabelecido entre esses elementos e seus atributos (qualidades, características). Há lógica nesse vínculo? Justifique sua resposta com exemplos do texto.*
4) Observe, agora, a 3ª estrofe e o título do poema.*
a) Como o eu lírico se sente num mundo como esse? Justifique sua resposta com elementos do texto.
b) O título do poema é coerente com o conteúdo. Por quê?
5) O discurso verbal sempre expressa uma visão da realidade.*
a) Como o eu lírico vê o mundo?
b) Ele se sente em condições de mudar a realidade? Por quê?
*FONTE: CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Thereza Cochar. PORTUGUÊS: LINGUAGENS - 8º ano. 5.ed. reform. - São Paulo: Atual, 2009.
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