Filosofia, perguntado por gabriel172839ga, 10 meses atrás

Texto 1 - Guilherme de Ockham O pensamento de Guilherme de Ockham (século XIV), baseado numa teoria do conhecimento empirista e nominalista e numa rigorosa separação entre fé e razão, expressa, no plano político, a decadência da concepção teocrática do poder, que orientara toda a reflexão política medieval. Crítico feroz do caráter demasiadamente secular que, aos seus olhos, a instituição religiosa havia adquirido, Ockham é um dos pioneiros na defesa da autonomia do poder político com relação ao poder espiritual, colocando as bases para o pensamento político moderno e sua exigência de um Estado laico. Ockham rejeita completamente a tese segundo a qual o Papa, enquanto sucessor de Pedro, teria recebido de Cristo a plenitude de poderes, afirmando que essa espécie de poder que a tudo submete, seja na ordem espiritual, seja na temporal, é contrária ao espírito do Evangelho, pois instaura uma verdadeira escravidão. O principal ministério do sacerdócio é servir, e o Papa, como Sumo Pontífice, é o primeiro servo de Cristo. Sua função não é dominar os homens e os reis, mas zelar para que a Igreja continue fiel aos ensinamentos de Cristo, os quais têm por base o Amor que liberta. Segundo Ockham, a estrutura monocrática da Igreja, que atribui apenas a um indivíduo o poder de estabelecer as regras para toda a comunidade cristã, não tem sentido, pois nega a presença do Espírito Santo em todos os fiéis, contrariando, assim, o relato bíblico do Pentecostes e o sacramento do Batismo. A preocupação excessiva com o poder e a riqueza estaria transformando a Igreja em uma instituição puramente mundana, afastando-a, assim, de sua verdadeira vocação. 1. Sintetize a crítica que Guilherme de Ockham faz à estrutura e às orientações da Igreja.

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Respondido por dioogodalla
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Resposta:

Segundo Ockham, a estrutura monocrática da Igreja, que atribui apenas a um indivíduo o poder de estabelecer as  regras para toda a comunidade cristã, não tem sentido, pois nega a presença do  Espírito Santo em todos os fiéis, contrariando, assim, o relato bíblico do Pentecostes e o sacramento do Batismo. A preocupação excessiva com o poder e a  riqueza estaria transformando a Igreja em uma instituição puramente mundana,  afastando-a, assim, de sua verdadeira vocação.

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