(texto 1)Durante o século XVIII, as minas de ouro e de diamantes da Capitania de Minas Gerais foram escavadas
por escravizados nascidos na África.
O século XIX, no Brasil, principalmente durante o Segundo Reinado (1840-1889), foi a época da expansão
das lavouras de café na Região Sudeste, sobretudo no Vale do Paraíba (entre Rio de Janeiro, São Paulo e
Minas Gerais), São Paulo e sul de Minas. O emprego de mão-de-obra de escravizados continuou mesmo
depois da chegada de imigrantes europeus.
O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão, o que só aconteceu com a Lei Áurea, de 13
de Maio de 1888.
Enquanto a escravidão existiu, existiram diversas formas de resistência.
Não se deve considerar como formas de resistência ao sistema escravista só as fugas ou as rebeliões
generalizadas e violentas. Existia também uma resistência cotidiana: defesa da vida privada, sabota-
gem, roubo, atrasos intencionais, uso sutil do sarcasmo e da ironia em relação aos brancos... A música
e os cultos africanos – que sobreviveram a muitas perseguições e dificuldades, misturando-se com o
cristianismo em graus e modalidades diversos – desempenharam um grande papel na manutenção da
unidade de cada comunidade negra (...)
CARDOSO, Ciro Flamarion S. A Afro-América: a escravidão no Novo Mundo. 2.ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 63-64.
(Coleção Tudo é História).
(texto 2) Onde houve escravidão houve resistência. E de vários tipos. Mesmo sob a ameaça do chicote, o escravo
negociava espaços de autonomia com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, quebrava ferra-
mentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores, rebelava-se individual e coletivamente.
Aqui também a lista é longa e conhecida. Houve no entanto um tipo de resistência que poderíamos ca-
racterizar como a mais típica da escravidão – e de outras formas de trabalho forçado. Trata-se da fuga
e da formação de grupos de escravos fugidos. (...)
A fuga que levava à formação de grupos de escravos fugidos, aos quais frequentemente se associavam
outras personagens sociais, aconteceu nas Américas onde vicejou a escravidão. Tinha nomes diferen-
tes: na América Espanhola, palenques, cumbes, etc; na inglesa, maroons; na francesa, grand marrona-
ge (para diferenciar da petit marronage, a fuga individual, em geral temporária). No Brasil esses grupos
eram chamados principalmente quilombos e mocambos, e seus membros quilombolas, calhambolas ou
mocambeiros.
R1 – Quais foram as formas de resistência individual à escravidão citadas nos textos?
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Resposta: "Quebravam ferramentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores, rebelava-se individual e coletivamente"
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