Question

TEXTO 1 COURBERT, Gustav. Os quebradores de pedras (II). Disponível em: Acesso em: 08 maio. 2020. TEXTO 2 Era um dia abafadiço e aborrecido. A pobre cidade de São Luís do Maranhão parecia entorpecida pelo calor. Quase que se não podia sair à rua: as pedras escaldavam; as vidraças e os lampiões faiscavam ao sol como enormes diamantes, as paredes tinham reverberações de prata polida; as folhas das árvores nem se mexiam; as carroças d’água passavam ruidosamente a todo o instante, abalando os prédios; e os aguadeiros, em mangas de camisa e pernas arregaçadas, invadiam sem-cerimônia as casas para encher as banheiras e os potes. Em certos pontos não se encontrava viva alma na rua; tudo estava concentrado, adormecido; só os pretos faziam as compras para o jantar ou andavam no ganho. AZEVEDO, A. O Mulato. Porto Alegre: L&PM Pocket, 1998. Considerando as informações apresentadas ao longo de nossos estudos sobre a prosa de tendência naturalista, analise os textos 1 e 2 e avalie as afirmações a seguir. I. Temos na prosa de tendência naturalista o descritivismo, que trata-se da dedicação do narrador em apresentar ao leitor as cenas em detalhes, o que envolve tanto aspectos espaciais como também das sensações e pensamentos das personagens. II. O excerto apresenta a antropomorfização do espaço, o qual se revela enquanto um organismo que praticamente sente as mesmas sensações que os seres humanos experimentam. III. A menção aos pretos em atividades laborais é outra marca do naturalismo notada no excerto de “O Mulato”, haja vista que essa tendência estética ocupa-se, sobretudo, de comentar a vivência dos grupos socialmente marginalizados, o que também ocorre na tela de Gustave Courbet. É correto o que se afirma em Alternativas Alternativa 1: I, apenas. Alternativa 2: III, apenas. Alternativa 3: I e II, apenas. Alternativa 4: I e III, apenas. Alternativa 5: I, II e III.

Answer 1

Resposta:

I II e III.

Explicação: as questões I e III estão completamente coerentes e de acordo com o enunciado. Já na II aparece uma dúvida sobre o "Antropomorfismo", mas se observarmos, realmente o próprio espaço físico que na figura é retratada, condiz com emoções de sentido desesperançoso.