Texto 1
As vacas fogem para os fundos do eirado, com os bezerrinhos aos pinotes.
Caracoleiam os cavalos, com os cavaleiros, em giros de picadeiro. E Sua-Cara correu para latir, brava, no topo da escada. [...]
E o Major Saulo aponta com a taca, na direção dos currais cheios:
– Boiada e tanto! Nem bem dois meses no meloso, vinte dias no jaraguá, e está aí esta primeira leva, berrando bomba de graúda. Nunca vi uma cabeceira-do-gado tão escolhida assim.
– Isto, seu Major. E só gordura honesta de bois. [...]
– E que é que eu tenho com os santos-óleos?
– Sim senhor, seu Major... Estou dizendo é que não é vantagem, no seu Ernesto, eles terem embarcado a cabeceira antes de nós, na outra semana, porque eu agora estou sabendo que eles lá são mestres de dar sal com enxofre ao gado, para engordar depressa, gordura de mentira [...]!
– [...] Estão todos assanhados, não cabendo no curral... [...]
Sebastião subira a escada e se chegara. Com polainas amarelas e pés descalços. Concordou. Ia dizer qualquer coisa, mas fechou a boca a tempo, porque o Major Saulo continuava olhando para a aglomeração de bois.
Nos pastos de engorda, ainda havia milhares deles, e até junho duraria o êxodo dos rebanhos de corte. E, como acontecia o mesmo em todas as fazendas de ali próximo, e, com ligeiras variantes, nas muitas outras constelações de fazendas, escantilhadas em torno das estaçõezinhas daquele trecho, era a mobilização anual da fauna mugidora e guampuda [...]. Depois, nos meados da seca, os pastos se esvaziavam, e os boiadeiros tinham de espalhar-se em direção aos longínquos centros de cria, para comprar e arrebanhar gado magro. Pelas queimadas, já estariam de volta. Repouso. Primeiro sal. Primeiro pasto. Ração de sal todos os meses, na lua nova. E, pronto, recomeçar.
Texto 2
Trem de Gado
E as boiadas vêm descendo do sertão!
Safra, entressafra...
Mato Grosso. Minas. Goiás.
Caminhos recruzados. Pousos espalhados.
Estradas boiadeiras. Aguada...
Pastos e gerais.
Cerrados. Cerradões.
Compáscuos...
Cercados. Aramados.
Corredores.
Nhecolândia. Pantanal.
Cochim.
Campos de Vacaria. Dourados. Maracaju.
Rio Verde.
Santana do Paranaíba. Serras do Amambaí.
Criatório...
Boiadeiros. Fazendeiros.
Comissários. Criadores.
Invernistas. Recria.
Trem de gado ronceiro...
jogando, gingando
nos cilindros, nos pistões, nas bielas e nos truques.
Rangendo, chocalhando,
estrondando nas ferragens.
Esses textos são semelhantes, pois
abordam o êxodo dos rebanhos de gado.
apresentam o processo de engorda do gado com sal.
mencionam o trem como meio de transporte do gado.
mostram que as vacas fogem para os fundos do eirado.
revelam que os pastos se esvaziam na seca.
Soluções para a tarefa
Resposta: Alternativa A- abordam o êxodo dos rebanhos de gado
Explicação:
Ambos os textos apresentados possuem como semelhança o mesmo tema, sendo este baseado no êxodo dos rebanhos de gado (alternativa A).
Semelhanças entre os Textos
Como dito anteriormente, os dois textos apresentados possuem uma semelhança em relação ao tema trazido ao leitor. Apesar desse tema possuir o mesmo assunto, o desenvolvimento de cada texto se dá de forma distinta.
Diferente da intertextualidade, fenômeno em que o autor utiliza o texto de outro autor como base para sua escrita, a semelhança de temas entre os textos acaba sendo algo não intencional, ou seja, não existe nenhuma conectividade entre eles, além do assunto tratado em seu tema central.
Conheça mais sobre Semelhanças entre Textos aqui:
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