Ed. Física, perguntado por renaldoandrade540, 6 meses atrás

Texto 1 – A realidade do esporte no Brasil

A Olimpíada chegou ao fim. Ao todo, foram 19 dias de competições de um

dos melhores Jogos Olímpicos de todos os tempos. A energia do povo brasi-

leiro contagiou os estrangeiros que vieram acompanhar os Jogos e os atle-

tas que participaram desta edição. Mas, nem tudo se resume a festa. Mui-

tos atletas ainda ganharam o reconhecimento merecido pelos seus feitos.

Muitos pensam que ser um atleta olímpico é ganhar milhões em dinheiro,

muita fama e pouco esforço. Mas a realidade, pelo menos aqui em nosso

país, é que para se tornar um atleta de elite é preciso superar muitas ad-

versidades. Pegando o Brasil como exemplo, a falta de investimento e

apoio em algumas modalidades chega a ser muito grande até mesmo em

esportes como o futebol, conhecido popularmente no Brasil e do mundo.

Para comprovar que a vida de um atleta aqui no Brasil não é fácil, temos vá-

rios exemplos da falta de investimento e de visibilidade. Na Olimpíada deste

ano, alguns casos, como a inesperada medalha de prata de Felipe Wu no

tiro esportivo, as três medalhas de Isaquias Queiroz na canoagem e as

incríveis medalhas de ouro de Thiago Braz e Robson Conceição são alguns

deles. Esses atletas não surgiram da noite pro dia, foi preciso muito traba-

lho para chegar nesse momento e não ter a recognição merecida.

A situação dos jogadores de futebol também não é tão fácil como se imagi-

na. Claro que a visibilidade desses atletas é bem maior, até por se tratar deum esporte bem mais popular. Porém, o dinheiro ganho por eles não chega

a ser um absurdo. Com base nos dados cedidos pela CBF, dos 28.203 joga-

dores brasileiros, a grande maioria ganha até R$ 1.000.


Texto 3 – Negar e silenciar é confirmar o racismo

Roger Machado: “Eu sinto preconceito quando vou no restaurante só tenho

eu de negro”

Um dos dois técnicos negros a comandar uma equipe da Série A do Campeo-

nato Brasileiro, Roger Machado deu uma longa resposta quando perguntado

sobre a campanha contra o racismo após Fluminense x Bahia, na noite deste

sábado. Ele e Marcão, treinador do Flu, usaram uma camisa estampada com

a frase “chega de preconceito”.

O treinador do clube baiano repetiu o discurso que já havia encampado, de

que não deveria causar impacto o fato de ter dois negros na área técnica,

mas desta vez, em coletiva após a partida, baseou-se em números para es-

cancarar o racismo que está estruturado na sociedade brasileira.

– Com relação à campanha, não deveria chamar atenção ter repercussão

grande dois treinadores negros na área técnica, depois de ser protagonistas

dentro do campo. Essa é a prova que existe o preconceito, porque é algo

que chama atenção. À medida que a gente tenha mais de 50% da popula-

ção negra e a proporcionalidade não é igual. A gente tem que refletir e se

questionar se não há preconceito no Brasil. Por que os negros têm o nível

de escolaridade menor que o dos brancos? Por que a população carcerária,

70% dela é negra? Por que quem morre são os jovens negros no Brasil? Por

que os menores salários, entre negros e brancos, são para os negros? Entre

as mulheres negras e brancas, são para as negras? Nós temos que nos per-

guntar. Se não há preconceito, qual a resposta? Para mim, nós vivemos um

preconceito estrutural, institucionalizado – questionou o treinador.Para encerrar, Roger Machado afirmou que é preciso parar de negar a exis-

tência do racismo. E usou o seu próprio exemplo, de um negro técnico de

um time da Série A, para mostrar que ele é exceção, e que isso é prova de

que o racismo existe.

– A gente precisa falar sobre isso. Precisamos sair da fase da negação. Nós

negamos. “Ah, não fala sobre isso”. Porque não existe racismo no Brasil em

cima do mito da democracia racial. Negar e silenciar é confirmar o racis-

mo. Minha posição como negro na elite do futebol, é para confirmar isso. O

maior preconceito que eu senti não foi de injúria. Eu sinto que há racismo

quando eu vou no restaurante e só tem eu de negro. Na faculdade que eu

fiz, só tinha eu de negro. Isso é a prova para mim. Mas, mesmo assim, ra-

pidamente, quando a gente fala isso, ainda tentam dizer: “Não há racismo,

está vendo? Vocês está aqui”. Não, eu sou a prova de que há racismo por-

que eu estou aqui – finalizou Roger Machado.

1- Elabore uma resenha crítica acerca das temáticas abordadas nos textos 2 e 3 considerando suas experiências esportivas.​

Soluções para a tarefa

Respondido por oliveirakaua22
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