Texto 1
A pátria
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Ve
Criança! não verás nenhum país como este!
que grande extensão de matas, onde impera
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta! Boa terra! Jamais negou a quem trabalha
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
O pão que mata a fome, o teto que agasalha...
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Ve que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos! Criança! não verás país nenhum como este:
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos! Imita na grandeza a terra em que nasceste!
Texto 2
- Tio, os conceitos de nação mudaram. O que vale agora é o internacionalismo. A multiplicidade. Aqui
é um pedacinho. Você soma com os pedacinhos que temos por aí afora. Reservas no Uruguai, na Bolívia,
pedação do Chile, na Venezuela. Cada savana na África, quero ser transferido para a Africa, triplica o soldo
e a gente tem casa, comida, economiza.
Pois é, entregamos o nosso e fomos colonizar outros territórios.
- Não é colonização, tio, é diferente. São reservas multinternacionais. O mundo se globaliza.
- Talvez eu seja velho, com ideias antigas na cabeça. Mas queria meu país inteiro, não um mundo de
países dentro do meu, como acontece. Eu te contei daquela viagem. Quis chegar a Manaus e nunca che-
guei. Não podia ir lá, fui rodeando, tive que voltar. Foi mais difícil atravessar a Rondônia do que conseguir
permissão para cruzar a Bolívia.
Sua visão é limitada, tio. O senhor pensa em termos individuais, restringe-se a um regionalismo supe-
rado. Raciocine em termos mais amplos. Nossa economia, por exemplo, nunca esteve tão forte.
- Forte? Ninguém tem dinheiro. O país endividado. Não há mais terras para plantio. Tudo custa os
olhos da cara, estamos importando tudo.
- Importamos pouca coisa.
- Pouquíssima. Sal, açúcar, minério de ferro, xisto, feijão, eletricidade, papel, plásticos. Quer a lista inteira?
- Não são importações, são acordos feitos quando das negociações com as terras. - Como é que você
não enxerga? Importamos de nós mesmos. Mandamos buscar ali em cima, onde antes era o norte do Mato
Grosso, o Maranhão, o Pará.
- Lembre-se que as concessões não são eternas. Tem um prazo.
que
- Eu vi. O ano passado esgotou-se o prazo da concessão para a Bélgica. E eles devolveram os trechos
nantinham em Goiás? Não, o Esquema comprou. Comprou uma coisa que seria dele, de graça, este ano.
- Foi diferente. Tinha melhorias, projetos industriais, edifícios, plantações, laboratórios,
- Ruínas, tudo ruínas.
a) A partir da leitura comparativa dos textos 1 e 2, determine os distintos sentidos de nação e/ou pátria que aparecem em ambos.
b) Olavo Bilac é tradicionalmente considerado um dos mais importantes representantes do Parnasianismo
Apesar disso, pode-se constatar que o poema "A pátria" não segue rigidamente os pressupostos da esteti-
ca parnasiana. Comente, com suas próprias palavras, tal afirmação.
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Explicação:
foi diferente tinha melhorias projetos eu vi o ano passado esgotou o seu prazo que a seleção da Bélgica a resposta é a letra a
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