Texto 1
“A mudança estrutural origina quadros naturais mais
imponentes que os da borda marítima. A região continua alpestre. O caráter das
rochas, exposto nas abas dos cerros de quartzito, ou nas grimpas em que se
empilham as placas do itacolomito avassalando as alturas, aviva todos os
acidentes, desde os maciços que vão de Ouro Branco a Sabará, à zona diamantina
expandindo-se para nordeste nas chapadas que se desenrolam nivelando-se às
cimas da serra do Espinhaço; e esta, apesar da sugestiva denominação de
Eschwege, mal sobressai, entre aquelas lombadas definidoras de uma situação
dominante. Dali descem, acachoantes, para o levante, tombando em catadupas ou
saltando "travessões" sucessivos, todos os rios que do Jequitinhonha
ao Doce procuram os terraços inferiores do planalto arrimados à serra dos
Aimorés; e volvem águas remansadas para o poente os que se destinam à bacia de
captação do S. Francisco, em cujo vale, depois de percorridas ao sul as
interessantes formações calcárias do rio das Velhas, salpintadas de lagos,
solapadas de sumidouros e ribeirões subterrâneos, onde se abrem as cavernas do
homem pré-histórico de Lund, se acentuam outras transições na contextura
superficial do solo.”
Os sertões de
Euclides da Cunha.
Texto 2
No sertão da minha
terra
Fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força
Parece até que tudo aquilo ali é seu
Só poder sentar no
morro
E ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada
De viola em vez de enxada
Filho de branco e
do preto
Correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro
Crescendo os dois meninos, sempre pequeninos
Peixe bom dá no
riacho
De água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada
Conta histórias pra moçada
Filho do senhor vai
embora
Tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes
Deixando o companheiro na estação distante
Não esqueça, amigo,
eu vou voltar
Some longe o trenzinho ao Deus-dará
Quando volta já é outro
Trouxe até sinhá mocinha para apresentar
Linda como a luz da
lua
Que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor
E agora na fazenda é quem vai mandar
E seu velho camarada
Já não brinca mais, trabalha” Morro
Velho, Milton Nascimento
Texto 3
”Tá lá o corpo
estendido no chão
Em vez de rosto, uma foto de um gol
Em vez de reza, uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém
O bar mais perto
depressa lotou
Malandro junto com trabalhador
Um homem subiu na mesa do bar
E fez discurso pra vereador
Veio o camelô
vender anel
Cordão, perfume barato
Baiana pra fazer pastel
E um bom churrasco de gato
Quatro horas da manhã baixou
O santo na porta bandeira
E a moçada resolveu parar, e então
Tá lá o corpo
estendido no chão
Em vez de rosto, uma foto de um gol
Em vez de reza, uma praga de alguém
E um silêncio servindo de amém
Sem pressa, foi
cada um pro seu lado
Pensando numa mulher ou num time
Olhei o corpo no chão e fechei
Minha janela de frente pro crime
Baiana pra fazer
pastel
E um bom churrasco de gato
Quatro horas da manhã baixou
O santo na porta bandeira
E a moçada resolveu parar, e então
Tá lá o corpo
estendido no chão...” De frente pro
crime, João Bosco
1.
Qual destes textos é subjetivo? Justifique com
evidências do próprio texto.
2.
Qual destes textos é objetivo? Justifique com
evidências do próprio texto.
3.
Há algum texto do gênero jornalístico?
Justifique com evidências do próprio texto.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
lei novamenti e tera a resposta ha algum texo do genero testual obrigada pela a tensao
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