TEXT01
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciencia e a Cultura), que
tem como principal objetivo a diminuição do analfabetismo no mundo, define analfabeto funcional
como toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, assim como le e escreve frases simples,
efetua cálculos básicos, porém é incapaz de interpretar o que le e de usar a leitura e a escrita em
atividades cotidianas, impossibilitando seu desenvolvimento pessoal e profissional. Ou seja, o
analfabeto funcional não consegue extrair o sentido das palavras, colocar ideias no papel por meio
da escrita, nem fazer operações matemáticas mais elaboradas,
O analfabetismo funcional é um problema significativo em todos os países industrializados e
em desenvolvimento. No Brasil, 75% das pessoas entre 15 e 64 anos não conseguem ler, escrever e
calcular plenamente. Esse número inclui os 68% considerados analfabetos funcionais e os 7%
considerados analfabetos absolutos, sem qualquer habilidade de leitura ou escrita. Apenas 1 entre 4
brasileiros consegue ler, escrever e utilizar essas habilidades para continuar aprendendo.
Mas como resolver essa situação? Como baixar esses números alarmantes? Sem dúvida
nenhuma de que a educação é o caminho. Alfabetizar mais crianças com melhor qualidade. Esta é a
questão: qualidade e não quantidade.
Infelizmente, hoje vemos que o Brasil optou pela quantidade a qualquer custo. E o resultado
disso é a enorme quantidade de analfabetos funcionais com diploma. O nosso país deveria se
esforçar em alfabetizar com qualidade. Não é aumentando para 9 anos o Ensino Fundamental que a
qualidade do ensino irá melhorar. Também não é ampliando o horário escolar que teremos o
problema resolvido. Se os alunos não forem incentivados à leitura, a atividades que trabalhem com
inteligência, pensamento lógico, capacidade de dedução e de associação entre temas diferentes,
nenhum esforço do governo será válido.
E não devemos nos esquecer dos professores. Melhoria nos cursos de formação dos
docentes, remuneração adequada, capacitação continuada, etc. Dá trabalho, é verdade, mas o
investimento na qualidade da educação é a única forma capaz de reverter esse quadro educacional
brasileiro tão triste!
Andréa Cristina Sória Prieto (Consultora Pedagógica em Matemática na Futurekids do Brasil;
Pós-Graduada em Psicopedagogia e Direito Educacional com Graduação em Pedagogia.)
TEXTO II
No mundo todo há entre 800 e 900 milhões de analfabetos funcionais, incluindo pessoas com
formação universitária e algumas que até exercem funções-chave em empresas e instituições, tanto
privadas quanto públicas! Elas não têm as habilidades de leitura compreensiva, escrita e cálculo
para fazer frente às necessidades de profissionalização e tampouco da vida sociocultural.
A queda da produtividade provocada pela deficiência em habilidades básicas resulta em
perdas e danos da ordem de US$ 6 bilhões por ano no mundo inteiro. Por que? Porque são pessoas
que não entendem sinais de aviso de perigo, instruções de higiene e segurança do trabalho,
orientações sobre processo produtivo, procedimentos de normas técnicas da qualidade de serviços e
negligência dos valores da organização empresarial. Quem não se lembra de manchetes de jornais
mencionando "problemas inesperados" que abalaram a imagem de tantas empresas? Um defeito no
chip Pentium da Intel levou-a a substituir o produto no mercado. Um número desconhecido de
cápsulas de Tylenol contaminado com cianureto mata oito pessoas nos Estados Unidos; a Johnson
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