História, perguntado por glauciafreebom, 10 meses atrás

teorias da origem da humanidade sendo ela a mitologia ,científica e religiosa​

Soluções para a tarefa

Respondido por victorguilhermereal
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Resposta:

No princípio de todos os mitos, houve um tempo em que nada existia no Universo além do Caos – a mais antiga, a mais inexplicável, a mais absurda das divindades. Nenhum poeta e nenhum filósofo grego imaginava o que teria existido antes dele: era o primeiro dos deuses, a sombra de loucura e confusão que está nas profundezas de tudo o que existe.

O Caos ocupava todo o espaço do Universo. Nele, estavam misturadas as sementes de todas as coisas futuras: mas não havia ordem alguma, apenas um turbilhão sem sentido e sem fim. No poema As Metamorfoses, escrito no século 1 a.C., o poeta romano Ovídio descreve assim a terrível divindade que deu origem a tudo: “Antes que a terra, o mar e o céu tomassem forma, a natureza tinha apenas uma única face, chamada Caos: uma massa crua e desestruturada, um conglomerado de matéria composta por elementos incompatíveis… Nenhum elemento estava em sua forma correta, e tudo estava em conflito dentro de um mesmo corpo: o frio com o quente, o seco com o molhado, o pesado com o leve”.

O Sol não iluminava o dia, e a Lua não brilhava à noite. Não havia chão para firmar os pés, nem mar para se nadar – todos os elementos estavam misturados num caldo primitivo. E as coisas, embora sempre em convulsão, não saíam do lugar: pois não havia sequer direita e esquerda, em cima ou embaixo, Norte ou Sul, dentro ou fora. O Caos era tudo e, ao mesmo tempo, nada.

Mas de repente, e sem qualquer explicação, brotou do Caos o primeiro sinal de um futuro menos caótico: uma deusa. Era a Terra, que os gregos chamavam de Gaia, “a de seios fartos”. Às vezes, Gaia era descrita como uma deusa com forma humana. Às vezes, ela se confundia ao próprio planeta – como outros povos antigos, os gregos acreditavam que a Terra flutuava suspensa no centro do Universo.

Seja como for, Gaia tinha uma forma fixa, estável, ao contrário do Caos. Sobre o imenso corpo fértil de Gaia, os elementos antes em confusão começaram a se organizar, ocupando cada um seu lugar correto. Fogo, terra, água e ar destilaram-se uns dos outros. Os elementos libertavam-se do confuso abraço mútuo. E as curvas generosas de Gaia iam dando origem a colinas suaves, vales profundos, montes e montanhas.

Tudo isso ocorreu de forma misteriosa, sem a intervenção direta de um ser bondoso e ordeiro. Os mitos gregos não explicam como a Terra surgiu das trevas e da confusão. “Ao contrário da tradição hebraica e cristã, não existia um Criador na mitologia grega”,

RESUMINDO

Todos se encolheram de terror, menos Cronos. O terrível filho da Terra apanhou a foice, escapou da caverna subterrânea e ficou de tocaia, à espera de Urano. O Céu, que estivera descansando de seu amor furioso, veio descendo pelas encostas das montanhas, para mais uma vez se deitar sobre Gaia. Nisso, Cronos deu um salto e atacou. Os deuses são imortais, sim (com uma exceção: Pã, o deus que andava pelos bosques, tocava flauta e morreu em circunstâncias desconhecidas). Mas isso não significa que não possam ser feridos. Com a mão esquerda, Cronos agarrou a detestada genitália paterna. Com a direita, brandiu a foice. Pênis e testículos foram decepados.

Urano soltou um urro que ecoou por todo o Universo. Castrado, ele fugiu para as alturas, muito além do cume das montanhas, e nunca mais voltou a se deitar sobre sua amada Terra. No máximo, às vezes, envia rajadas de chuva para acariciá-la, lembrando-se talvez dos tempos em que eram marido e mulher. O reinado de Urano havia acabado e uma nova era começava. Mas, enquanto fugia, ele lançou contra Cronos e todos os titãs uma maldição terrível: “Um dia, todos vocês serão punidos por erguerem as mãos contra seu pai!”

Mesmo após a castração, a semente de Urano fecundou Gaia por uma última vez. Jorros de sangue saltaram da ferida no Céu e salpicaram a superfície da Terra. Das fumegantes poças vermelhas se levantaram, primeiro, três figuras de cabelos desgrenhados, cobertas por mantos escuros, com asas negras; serpentes sibilantes se enroscavam em seus cabelos e braços. Eram as Erínias, as pavorosas deusas da vingança. Sua função era punir todos os que quebrassem a ordem natural das coisas – perseguiam quem desrespeitasse juramentos e também quem cometesse crimes contra familiares.

Embora elas próprias tivessem nascido a partir de um crime desse tipo, elas puniam com especial crueldade os filhos que atacassem os pais. Batendo suas asas negras e gritando de forma horrenda, levavam o criminoso à loucura e à desgraça. Além das implacáveis Erínias, o sangue de Urano também gerou os gigantes, seres descomunais e monstruosos, encarnações da violência bruta.

espero ter ajudado

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