Português, perguntado por sw5ifritafmcamilame, 1 ano atrás

[...] Tendo surpreendido na casa da Rosalina,em plena orgia, o terrível diretor, vexei-o. Nosprimeiros dias, ele nada me falou; mas já me olhavamais, considerava-me, preocupava-o no seupensamento. Breve me fez perguntas de boaamizade: donde era eu, que idade tinha, se eracasado, etc. As respostas eram dadas conforme asperguntas; bem cedo, porém, graças à bondade comque me tratava, as ampliei até à confidência.Percebi que o espantava muito o dizer-lhe quetivera mãe, que nascera num ambiente familiar e queme educara. Isso, para ele, era extraordinário. O queme parecia extraordinário nas minhas aventuras, eleachava natural; mas ter eu mãe que me ensinasse acomer com o garfo, isso era excepcional. Só atineicom esse seu íntimo pensamento mais tarde. Paraele, como para toda a gente mais ou menos letradado Brasil, os homens e as mulheres do meunascimento são todos iguais, mais iguais ainda queos cães de suas chácaras. Os homens são unsmalandros, planistas, parlapatões quando aprendemalguma coisa, fósforos dos politicões; as mulheres(a noção aí é mais simples) são naturalmentefêmeas.BARRETO, Lima. Recordações do escrivão Isaías Caminha.3. ed. São Paulo: Ática, 1994. p. 157-158. (Série Bom Livro)Os textos I e II, embora apresentem contextos socioeconômicos e culturais distantes no tempo (início dosséculos XVI e XX), revelam como algo comum01) o relacionamento do homem com o seu semelhante, fundamentado em uma perspectiva discriminadora.02) uma consciência crítica a respeito da necessidade de transformação das relações humanas.03) as diferenças encaradas de forma enriquecedora nas relações sociais.04) os sentimentos de admiração por uma cultura plena de contradições.

Soluções para a tarefa

Respondido por renataalmeida2
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o relacionamento do homem com o seu semelhante , fundamentado em uma perspectiva discriminadora
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