Tendo em vista essa mudança de paradigma (de monista para dualista), como se caracterizaria uma sociedade pós-secular (expressão citada no parágrafo a seguir)?
Quando se compreende que, enquanto seres humanos, somos duais e temos dentro de nós impulsos diversos, somos tentados a aceitar o que Rawls chamou de "fato do pluralismo": o fato de que vivemos numa sociedade que é, cada vez mais, linguística, cultural e etnicamente diferente. Isso é, também, o que Habermas chama de "sociedade pós-secular". (Extraído do artigo intitulado Sobre o caráter "abstrato" da democracia deliberativa, de Luiz Paulo Rouanet.)
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O dualismo é a corrente segundo a qual há duas ordens interna e externa, mas nunca poderá ter força de criar vínculo obrigacional, entre os comandados “povo” e os comandantes “governos”. O monismo, por sua vez, pode ser subdivido em sistema uno de normas, mas as normas são soberanas pelo qual as normas se sobrepõem às internas, em grau hierárquico. Vê-se, neste sentido, determinada consolidação homogeneidade quanto à aplicabilidade das normas. Não se pode dizer, assim, que segue a teoria monista ou dualista, mas sim que carrega traços de ambos, criando assim uma Sociedade pós-secular.
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