TEMA TDAH E A MEDICALIZAÇÃO INFANTIL
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Soluções para a tarefa
A prática medicalizante decorre do processo, já citado anteriormente, de transformação das dores e questões da vida humana em temas do domínio médico e biológico. Essa tendência foi abordada e criticada inicialmente por Ivan Illich na passagem da década de 70 para a de 80, depois, muitos outros dircursos de personalidades como Michel Foucault, Peter Conrad, Peter Breggin e Thomas Szasz deram continuidade aos ideais contrários ao fenômeno da medicalização.
No caso do TDAH, não se fala, como já foi dito, em más condições escolares, em ambiente familiar caótico ou em excesso de estímulos violentos, fala-se, em genes determinantes de uma doença neurológica que impede a criança de prestar atenção e se comportar, tendo que, para tanto, ser medicada.
"A racionalidade operante da medicalização nos processos de avaliação e de intervenção junto a crianças e jovens com dificuldades no processo de escolarização representa um retorno de explicações organicistas, centradas na ideia de distúrbio de aprendizagem para justificar o não aprender numa escola e numa sociedade que raramente são questionadas em sua estrutura."
Pode-se dizer que nesse processo são criadas doenças para remédios produzidos e não remédios para doenças descobertas, visto que essas doenças, principalmente o TDAH, são midiáticas e resultam em muito lucro para a empresa farmacêutica.
Os grandes defensores do TDAH (médicos, empresas farmacêuticas e associações), muitas vezes não citam nada do universo sócio-cultural da criança como determinantes de sintomas como falta de atenção e hiperatividade (vide página TDAH e outros conceitos), buscando apenas causas congênitas e orgânicas para comportamentos que são adquiridos durante a vida e inventados pela sociedade. Escrever, ler, fazer contas de matemática, ficar quieto por 5h não e comportamento de um ser humano