tema da redação desafios para aumentar o número de leitores no Brasil
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Resposta:
Explicação:
onsoante a Constituição Federal de 1988, é resguardado a todo cidadão brasileiro o direito social à educação de qualidade para todos de forma igualitária. Entretanto, ao analisar a formação de leitores proficientes no território nacional, a discrepância educacional é instaurada por problemáticas éticas governamentais e por desvalorizações racionais na sociedade, que carecem de medidas interventoras no século XXI.
Em primeiro lugar, é importante mencionar o Estado como comprometedor nesse paradigma social. Nesse viés, para o utilitarismo quantitativo de Jeremy Bentham, filósofo iluminista, as ações consideradas éticas devem ser medidas pelo caráter pluralista, ou seja, pela maior quantidade possível de indivíduos beneficiados pelas atitudes avaliadas. Dessa forma, é possível inferir um posicionamento antiético do governo no Brasil, visto que, segundo o exame Prova Brasil 2015, menos de a metade dos estudantes brasileiros saem do nono ano das escolas públicas com um aprendizado adequado em leitura, deixando clara a negligência quantitativa das instituições superiores para promover leitores proficientes atualmente.
Ademais, convém ressaltar o desastre informacional concebido pela contemporaneidade. A par disso, as correntes de pensamento chamadas pós-verdade, nomeada palavra do ano de 2016 pelo dicionário de Oxford, ou seja, em que há uma valorização exacerbada de crenças e de pensamentos infundados em detrimento de informações comprovadas e baseada em fatos, dominaram o pensamento do homem pós-moderno. Com isso, há uma crise do discernimento interpretativo e investigativo, principalmente devido à internet e sua poluição informacional, uma vez que a circulação de notícias falsas e a predisposição supracitada de aceitar informações sem embasamentos corrobora esse dilema da leitura no país.
Portanto, fica evidente que a eficiência da interpretação no Brasil carece de meios interventores nos campos ético e social. Em vista disso, o Estado, na figura do Ministério da Educação, deve priorizar a formação de leitores proficientes, através de mecanismos lúdicos e interativos que incentivem o desenvolvimento interpretativo no ensino básico, a fim de estabelecer altos padrões no país ? visto que a compreensão reflexiva dos jovens é essencial. Por fim, os municípios, em associação com instituições locais de ensino, precisam criar eventos e palestras de responsabilização social, por meio de parcerias com sociólogos e escritores reconhecidos, buscando a legitimação da disseminação consciente de informações para que, enfim, os princípios educacionais sejam resguardados.