Tema: A geração de mulher
Soluções para a tarefa
Resposta:
Lembro, ainda adolescente, quando minha mãe comentou comigo da moça que trabalhava lá em casa. Toda semana pedia um adiantamento, empréstimo ou algo do tipo. Vivia numa dívida constante, quase sempre adquirida pelo marido. Ela era mais que o arrimo de família. Ela sustentava a casa, os vícios e fantasias de seu cônjuge. Minha mãe ficava revoltada e a julgava por se submeter emocionalmente a ele e, ao mesmo tempo, sustentá-lo.
Eu lembro de achar um pouco de graça disso tudo. Tanto da moça em si, que era louca pelo marido e sempre o perdoava, quanto da revolta da minha mãe. Ainda que levantando a bandeira genuína do que hoje chamamos de “empoderamento feminino”, carregava também um machismo embutido e não identificado – à época – por mim.
E foi com essa dualidade de conceitos e crenças que eu e uma fatia relevante de gerações de mulheres da classe média brasileira crescemos. Foi com uma mistura de “busque a sua independência” com “o homem é naturalmente um provedor” que nos formamos.
Acontece que, progressivamente, as últimas décadas, deram – em todas nós – um enorme “olé” comportamental. Não se trata apenas de novas tecnologias, novas formas de trabalho ou outras abordagens em relação à casa ou à maternidade. É sobre esse machismo tão arraigado que, ainda que levantemos a bandeira do empoderamento, o praticamos, descuidadamente
Explicação:
espero ter ajudado