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Resposta:
A Avenida Central, hoje Rio Branco, é um marco histórico da cidade, não apenas por sua importância como via de acesso ou pelas instituições que abriga ao longo de seus 1.800 metros de extensão — como o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacional e o Museu Nacional de Belas Artes —, mas também por representar, como símbolo, um dos primeiros sinais do racionalismo que caracterizou a identidade urbana brasileira na virada entre os séculos XIX e XX. Sua construção marcou uma guinada ideológica na forma de pensar a cidade, demolindo traços do Rio de Janeiro colonial. A Rio Branco, assim, é fruto da mesma mente que botou abaixo o casario que se amontoava na região central da cidade e, com ele, demoliu uma era percebida, por esse novo olhar, como caótica e provinciana.
O Brasil inaugurou o século XX já transformado em República e sem o flagelo da escravidão. Reunia contingentes de imigrantes oriundos de diásporas distintas, como portugueses, espanhóis, sírios, libaneses, ingleses e alemães, que traziam um ar cosmopolita à capital da República. O presidente Rodrigues Alves incumbiu a dois engenheiros e um médico — Pereira Passos, Paulo de Frontin e Oswaldo Cruz — uma revolução urbana, inspirada na Paris da Belle Epoquê, sonhada por Hausmaniza. O Rio civilizava-se e deveria servir de modelo para o resto do país.
Esta revolução incluía uma política de higienização e saneamento, com o propósito de eliminar doenças endêmicas que infestavam a capital do Brasil, como febre amarela e varíola. Esta tarefa era realizada por meio da educação e conscientizando da população acerca da importância da higiene e dos cuidados com o corpo; e, no plano urbano, mediante a demolição de cortiços, o casario precário e o comércio tosco e insalubre que se aglomeravam no Centro da cidade. O "Rio do bota-abaixo", como ficou conhecida a administração de Pereira Passos, tinha sua lógica fundada numa ideologia racional e nem por isso deixou de enfrentar resistências da população, sobretudo aquela diretamente atingida pelas reformas.
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