Tanto mar Sei que estás em festa, pá, Fico contente E enquanto estou ausente Guarda um cravo para mim. Eu queria estar na festa, pá, Com a tua gente E colher pessoalmente Uma flor do teu jardim. Sei que há léguas a nos separar, Tanto mar, tanto mar. Sei também quanto é preciso, pá, Navegar, navegar. Lá faz primavera, pá, Cá estou doente, Manda urgentemente Algum cheirinho de alecrim BUARQUE, Chico. Tanto mar. In: Chico Buarque (CD). Polygram/Phillips, 1993. Essa canção, composta em 1975, teve sua letra original vetada pela censura que vigorou durante o Regime Militar (1964-1985). Tanto é assim que essa versão de "Tanto mar" só foi gravada em Portugal, o que não foi coincidência: em 25 de abril de 1974, Portugal assistiu à famosa Revolução dos Cravos, que acabou com uma ditadura que já durava mais de quarenta anos. A Revolução foi apoiada pela esquerda lusitana, que via, no 25 de abril, uma possibilidade de transformar o país em uma nação socialista. Para comemorar a vitória dos revolucionários, o povo português saiu às ruas com cravos vermelhos nas mãos. Levando em conta essas informações, considere as seguintes observações: I. O fato de a censura brasileira ter proibido a gravação de “Tanto mar” foi um mero acaso, pois a canção de Chico não apresenta conteúdo político. II. O verso “Guarda um cravo para mim” mostra que o eu lírico identifica-se com a Revolução dos Cravos, que é designada como uma “festa”. III. Ao dizer “Manda urgentemente / Algum cheirinho de alecrim”, o eu lírico deixa implícita a ideia de que deseja que ocorra, em seu país, o mesmo que estava ocorrendo no país de seu interlocutor. Está(ão) correto(s) o que se afirma(m) em: A) apenas I B) apenas II C) apenas III D) apenas I e II E) apenas II e III
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6
Resposta: E
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daonesamuel:
TÁ ERRADO
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3
Resposta:
apenas II e III
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