“Talvez seja preferível falar num movimento dos Annales, não numa ‘escola’. […] Em sua primeira fase, de 1920 a 1945, [o movimento dos Annales] caracterizou-se por ser pequeno, radical e subversivo, conduzindo uma guerra de guerrilhas contra a história tradicional, a história política e a história dos eventos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BURKE, Peter. A Revolução Francesa da historiografia: a Escola dos Annales 1929-1989. Trad. de Nilo Odália. São Paulo: Ed. da Unesp, 1991. p. 8.
A partir da citação acima e dos conteúdos do livro-base Leitura e interpretação de textos historiográficos sobre a Escola dos Annales, analise as seguintes afirmativas e assinale a correta:
Soluções para a tarefa
As alternativas são:
A Para a primeira geração dos historiadores dos Annales, a história ideal deveria ter como tema principal a vida e os feitos dos “grandes homens”.
B Conforme propunham Marc Bloch e Lucien Febvre – fundadores da revista dos Annales –, a história deveria olhar mais para si, livrando-se da influência de outras disciplinas.
C Uma das principais propostas dos fundadores dos Annales era escrever uma história narrativa, preocupada em descrever minuciosamente cada evento histórico.
D A revista dos Annales foi revolucionária em sua primeira fase, sobretudo, porque estabeleceu combates contra a Sociologia, a Geografia, a Economia e a Psicologia.
E Os Annales da primeira geração romperam com a historiografia tradicional francesa ao proporem uma nova forma de fazer história, ou seja, baseada em problemas.
É correta a alternativa E.
Para os historiadores de Annales a concepção tradicional da história (o historicismo, que partia de uma perspectiva que, na opinião dos annalistas, era acrítica) era limitada, detendo-se somente sobre os grandes homens e seus feitos e uma ideia ultrapassada de fato histórico, afastada das outras disciplinas.
Ela deveria, ao contrário, aproximar-se de outras áreas do conhecimento (interdisciplinaridade) e levar em consideração outras formas de fontes históricas (como entrevistas e relatos orais), e pautar-se por problemas, temas de pesquisa, e não fatos isolados.