“Talvez a ciência não se desenvolva pela acumulação de descobertas individuais” (Kuhn, 2011, p. 20).
KUHN, T. S. A Estrutura das Revoluções Científicas. Tradução de Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. São Paulo: Perspectiva, 2011.
1. Como podemos interpretar a citação anterior de Thomas Kuhn
a) Para realizar a história da ciência, é preciso analisar o passado com o olhar fixo no presente, ou seja, buscar os precursores das teorias científicas em voga.
b) Para realizar a história da ciência, não é preciso analisar o passado com o olhar fixo no presente, ou seja, buscar os precursores das teorias científicas em voga.
c) Para realizar a história da ciência, é preciso entender que as teorias antigas não são menos científicas que as teorias que surgiram depois.
d) Para realizar a história da ciência, é preciso entender que as teorias antigas são menos científicas que as teorias que surgiram depois.
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Parabéns, é isso aí! Kuhn percebeu uma relação mais profunda entre a história e a ciência, muito além da compilação de fatos realizados por cientistas e de suas teorias. Uma história puramente descritiva abriga o risco de apresentar um excesso de informações que não têm relevância para a compreensão do objeto de estudo.
“Segundo o filósofo da ciência Thomas Kuhn, paradigma é um conjunto sistemático de métodos, formas de experimentações e teorias que constituem um modelo científico, tornando-se condição reguladora da observação. […] A ciência normal, conforme Kuhn, funciona submetida por paradigmas estabelecidos historicamente num campo contextual de problemas e soluções concretas. […] Os paradigmas são estabelecidos nos momentos de revolução científica […] Portanto, para Kuhn, a ciência se desenvolve por meio de rupturas, por saltos e não de maneira gradual e progressiva”.
(E. C. Santos)
2. Sobre a concepção de ciência de Kuhn, é INCORRETO afirmar que: *
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a) o desenvolvimento científico possui momentos de revolução, de ruptura, nos quais há mudança de paradigma.
b) a ciência normal é o período em que a pesquisa científica é dirigida por um paradigma.
c) um exemplo de mudança de paradigma (revolução) na Astronomia e a substituição do sistema geocêntrico aristotélico-ptolomaico pelo sistema heliocêntrico copernicano-galilaico.
d) a ciência não está submetida, de forma alguma, às condições históricas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1- c) Para realizar a história da ciência, é preciso entender que as teorias antigas não são menos científicas que as teorias que surgiram depois.
2- d) a ciência não está submetida, de forma alguma, às condições históricas.
1) Para realizar a história da ciência, é preciso entender que as teorias antigas não são menos científicas que as teorias que surgiram depois. Logo, a alternativa C é a correta
2) a ciência não está submetida, de forma alguma, às condições históricas. Logo, a alternativa D é a incorreta.
Para Thomas Kuhn, a ciência é cumulativa (constroem-se instrumentos mais potentes, efetuam-se medidas mais exatas, precisam-se os conceitos da teoria, ampliam-se a teoria a outros campos etc.) e o cientista normal não procura a novidade.
No entanto, a novidade deve aparecer necessariamente, pela razão de que a articulação teórica e empírica do paradigma aumenta o conteúdo informativo da teoria e, portanto, a expõe ao risco do desmentido (com efeito, quanto mais se diz, mais se está arriscado a errar; quem não diz nada, não erra nunca; se diz pouco, arrisca apenas a cometer poucos erros).
É deste ponto que surgem as crises de paradigma: a transferência da confiança de um paradigma para outro é experiencia de conversão que não pode ser imposta pela força:
- “quem abraça novo paradigma desde o inicio, amiúde o faz a despeito das provas fornecidas pela solução dos problemas. Ou seja, ele deve ter confiança de que o novo paradigma, no futuro, conseguirá resolver muitos dos vastos problemas que tem à sua frente, sabendo somente que o velho paradigma não conseguiu resolver alguns. Uma decisão desse tipo pode ser tomada com base na fé.”
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