Tadeu X Maria Angélica
Conto de José Roberto Torero sobre convivência com as
diferenças
À primeira vista, Tadeu e Maria Angélica formavam um casal
normal. Gostavam de cinema, de música e de viagens. Mas,
acima de tudo, amavam o futebol. Só que, infelizmente, torciam
para times rivais.
No começo, isso não era um grande problema. Maria Angélica
não se importava quando Tadeu comemorava as vitórias do
time dele e Tadeu até dava parabéns para Maria Angélica
quando o clube dela vencia. Mas talvez isso só acontecesse
porque, na verdade, os dois times eram muito ruins, e as
vitórias, muito raras.
Então, no campeonato deste ano, as coisas mudaram. Novos
reforços foram apresentados, técnicos foram contratados, as
equipes melhoraram e as torcidas começaram a ter esperanças.
As coisas mudaram tanto que os dois times chegaram à final do
torneio. Tadeu comprou um uniforme azul e amarelo para ir ao
estádio. Maria Angélica foi com uma enorme bandeira verde e
branca.
Os dois sentaram lado a lado durante a partida. Para evitar brigas,
tentavam não vibrar demais quando seus times acertavam um
lance, nem zombar do outro quando
a equipe adversária cometia algum erro.
O zero a zero vinha mantendo a paz do casal, porém, no último
lance do jogo, quando o time de Tadeu marcou o gol da vitória,
ele não se conteve e gritou: "Gooooooooool!"
E assim mesmo, com dez letras "o".
Mas ele não parou por aí. Começou a dançar em volta de Maria
Angélica enquanto cantava "Ê, ô, ê, ô, o meu time é um terror,
ê, ô, ê, ô, o seu time é perdedor".
Maria Angélica ficou verde de ódio. Então disparou:
- Tadeu, você passou dos limites. Cartão vermelho!
- Como assim, Maria Angélica, você está me expulsando de
campo?
- E do casamento. Você pisou na bola!
- Tá, eu exagerei, mas também não precisa entrar de sola.
- Agora é tarde. Você chutou nosso amor para escanteio!
- Calma, eu não quero tirar o time de campo. Vamos tentar um
segundo tempo...
- Não, senhor. Você já estava na marca do pênalti. Pode ir para o
chuveiro!
- Quem sabe uma prorrogação?
- Não. Fim de jogo.
Tadeu sentou na arquibancada, apoiou a cabeça nas mãos e disse:
- Tudo bem, Maria
Angélica, se você quer
que eu pendure as
chuteiras, é assim que
vai ser. Mas isso me
deixa muito triste porque
a gente fazia uma
tabelinha e tanto. Eu
acho que você bate um
bolão e sempre que eu
chegava em casa corria
para o abraço. Sabe, eu vestia a camisa do nosso casamento...
Eu jogava por amor...
Aquela declaração deixou os olhos de Maria Angélica
encharcados como um Maracanã sem drenagem. Então ela
jogou longe sua bandeira e pulou sobre Tadeu como se ele
tivesse marcado um gol decisivo.
Tadeu olhou fundo nos olhos de Maria Angélica e, com voz
emocionada, cantou: "Ê, ô, ê, ô, nosso amor é um terror!"
- Tadeu, foi a coisa mais linda que alguém já me disse. Então os
dois beijaram-se, fizeram as pazes e viveram felizes para sempre.
Ou, pelo menos, até a próxima final de campeonato.
Escreva um comentário sobre o que aprendeu com a estória
de Tadeu e Maria Angélica:
gente eu preciso de ajudaa eu tenho que entregar varias coisa amanha e não entendi o texto pra responder por isso to pendiso ajuda a vcs pfvvvv a unica coisa que me resta é vcs
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
Resposta:
Como o próprio título da história ja diz, o conto vem nos mostrar o respeito as diferenças pessoais, raciais, sociais, econômicas e até mesmo divergências entre times. O autor utiliza de um fato bobo,porém, singelo a fim de demonstrar que acima de tudo temos que não apenas conviver com as diferenças do outro mas aceita-las e compreende-las de forma a alcançar a prosperidade na sociedade. Para terminar José Roberto aborda implicitamente que apenas o amor é capaz de vencer todos os obstáculos dos conflitos heterogêneos.
é issoo espero que possa ter te ajudado bons estudos ;)))
biazinhagnomia07:
aaaaa mtttt obg msm
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