Português, perguntado por gaby8990, 6 meses atrás

SOU
Sou a palavra cacimba
Pra sede de todo mundo
E tenho assim minha alma:
Água limpa e céu no fundo.

Já fui remo, fui enxada
E pedra de construção;
Trilho de estrada-de-ferro,
Lavoura, semente, grão.

Já fui a palavra canga,
Sou hoje a palavra basta.
E vou refugando a manga
Num atropelo de aspa.

Meu canto é faca de charque
Voltada contra o feitor,
Dizendo que minha carne
Não é de nenhum senhor.

Sou o samba das escolas
Em todos os carnavais.
Sou o samba da cidade
E lá dos confins rurais.

Sou quicumbi e maçambique
No compasso do tambor.
Sou um toque de batuque
Em casa jeje-nagô.

Sou a bombacha de santo,
Sou o churrasco de Ogum.
Entre os filhos desta terra
Naturalmente sou um.

Sou o trabalho e a luta
Suor e sangue de quem
Nas entranhas desta terra
Nutre raízes também

(Oliveira Silveira)

Ao que o poeta compara sua alma lá na primeira estrofe?

Explique esse dois versos: “já fui a palavra canga/sou hoje a palavra basta.”

O que ele quer dizer quando diz que minha “carne não é de nenhum senhor”?

Soluções para a tarefa

Respondido por anafeijos
1

Resposta: 1 ) O poeta na primeira estrofe compara sua alma com "Agua limpa e ceu no fundo. "

2) Nesses dois versos ele quer dizer que ja só ajudou mas agora ele  é que manda

3) Quando ele diz "carne não é de nehum senhor" ele quer dizer que ele não é de ninguem, ele é independendte

Perguntas interessantes