Sou Anna do dique e das docas,
Da compra, da venda, das trocas, das pernas
Dos braços, das bocas, do lixo, dos bichos, das fichas.
[...]
Da cama, da cana, fulana, bacana, sacana,
Sou Anna de Amsterdam.
Eu cruzei um oceano
Na esperança de casar.
Fiz mil bocas pra Solano,
Fui beijada por Gaspar.
Sou Anna de cabo a tenente,
Sou Anna de toda patente, das Índias
Sou Anna do Oriente, Ocidente, acidente, gelada.
[...]
Sou Anna
Do cabo, do raso, do rabo, dos ratos.
BUARQUE, C.; GUERRA, R. Anna de Amsterdã. In: Calabar. 36. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
No texto acima, canção que faz parte da peça Calabar (drama que se passa na época da Invasão Holandesa no Nordeste do Brasil), o caráter poético fica evidente graças à
a) referência a fatos históricos.
b) recombinação de sons.
c) inversão da tradição histórica.
d) atenção ao discurso do oprimido.
e) abolição da lógica das frases.
Soluções para a tarefa
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1
Acredito que seja a alternativa D
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