SONETO DE CARNAVAL
Distante o meu amor, se me afigura
O amor como um patético tormento
Pensar nele é morrer de desventura
Não pensar é matar meu pensamento.
Seu mais doce desejo se amargura
Todo o instante perdido é um
sofrimento
Cada beijo lembrado uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se os
anos
Para a grande partida que há no fim
De toda a vida e todo o amor humanos:
Mas tranqüila ela sabe, e eu sei
tranqüilo
Que se um fica o outro parte a redimi- lo.
Oxford, carnaval de 1939 Vinícius de Moraes.
Atividade
1- a) No soneto o eu lírico fala de um amor que o deixa em conflito constante. Explique por quê?
b) Na segunda estrofe, o eu lírico desenvolve as características desse amor de carnaval. Como ele reage sob o efeito do amor?
c) De acordo com o primeiro terceto, por que o eu lírico se preocupa tanto com a passagem do tempo?
Soluções para a tarefa
Respondido por
52
1- Se refere a uma pessoa que todos os anos vem e volta, deixando o coração do eu lírico atormentado.
2- Por meio da tortura, do sofrimento, da amargura e do ciúme
3- porque a cada ano eles se separam um do outro... ate chegar o fim desse amor para sempre
2- Por meio da tortura, do sofrimento, da amargura e do ciúme
3- porque a cada ano eles se separam um do outro... ate chegar o fim desse amor para sempre
Perguntas interessantes