Filosofia, perguntado por juliabarretotjg, 9 meses atrás

Sócrates foi muito importante para a história da filosofia.
vamos começar a compreender melhor quem foi esse sujeito.

gostaria que vocês escrevessem um texto de um paragrafo como vc enxerga a figura de socrates.

me ajudem pfvrrr, eu não estendi nd, é urgenteeeeee​

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Respondido por lumasilvapessanha
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Resposta:Sócrates viveu em Atenas, entre os anos 470 e 399 a.C. O pensador grego marcou a produção de sua época, tendo introduzido nela, pela primeira vez, questões relativas apenas ao ser humano e ao seu convívio em sociedade.

Por ter mudado o curso da filosofia de seu período, antes de tradição cosmológica, Sócrates iniciou o Período Antropológico da Filosofia Antiga. A partir de Sócrates, a filosofia passa a se dedicar a questões inteiramente humanas, voltadas para o conhecimento racional e para questões que resultam da ação humana, como política, moral e justiça.

A inscrição gravada no pórtico continha a frase “conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses” e inspirou o filósofo a buscar o seu autoconhecimento e disseminar essa ideia por Atenas. Segundo o pensador, o autoconhecimento seria o primeiro passo para uma vida plena e uma filosofia autêntica.

Conhecido pela modesta frase “só sei que nada sei”, o filósofo foi considerado pelo oráculo de Delfos o mais sábio dos gregos. Esse fato foi interpretado por Sócrates como uma missão importante que ele deveria espalhar por Atenas, conversando com as pessoas. O pensador passou a se considerar um “vagabundo loquaz”, pois vagava por Atenas conversando com as pessoas na tentativa de retirar delas mesmas o conhecimento.

Tudo o que se conhece da filosofia de Sócrates, hoje, foi extraído dos escritos sobre ele e, principalmente, dos diálogos platônicos, que, em sua maioria, Sócrates aparece como personagem principal.Método socrático (Ironia e Maiêutica)

Sócrates considerava-se uma espécie de “parteiro de ideias”, pois ele não criava ideias novas, apenas as retirava da mente das pessoas. Seu papel era, segundo ele mesmo, sempre dialogar e questionar, nunca aceitando um conhecimento prévio como uma verdade indiscutível sem antes analisar e criticar aquilo que era dito.

Podemos dizer que o método de diálogo socrático é resumido em dois passos:

Maiêutica – uma forma de fazer sucessivas perguntas sobre um mesmo assunto, a fim de  chegar a um conceito ou uma definição de algo.

Ironia – uma forma de mostrar ao interlocutor que a resposta, que a pessoa julgava estar correta, era, na verdade, um engano.

Com o seu método, o pensador julgou levar a capacidade de pensar por conta própria e questionar o conhecimento estabelecido ao povo ateniense, estabelecendo uma nova maneira de se proceder filosoficamente e de combater o relativismo das opiniões.

Sócrates e a Atenas Clássica

Tendo vivido em uma época de efervescência cultural e política em Atenas, Sócrates pegou uma boa herança filosófica de personalidades anteriores a ele, como Tales, Pitágoras e Parmênides, além de ter sido contemporâneo aos sofistas, mestres da retórica e defensores do relativismo, duramente combatidos por Sócrates.

O sistema político democrático ateniense permitia que os cidadãos participassem dos Poderes Legislativo e Judiciário, o que necessitava um certo preparo intelectual, o que Sócrates, desde sua juventude, buscou, além de ter procurado estabelecer-se naquilo que era considerado louvável para a educação de um jovem grego: esportes, retórica e ciências.

Sócrates, por sua inquietação filosófica e constante questionamento da ordem vigente, despertou a curiosidade e admiração dos jovens e a ira dos políticos poderosos de Atenas. “Diante de qualquer forma de governo e de qualquer autoridade constituída, Sócrates prestava primeiro obediência aos ditames de sua própria consciência”[i], fato que acarretou acusações contra o filósofo, que resultaram em seu julgamento e sua condenação à morte.

Morte de Sócrates

Em 199 a.C., uma acusação por parte do poeta Meleto e do político Anitos levou Sócrates a se defrontar com o Tribunal dos Heliastas, “constituído por cidadãos provenientes de dez tribos que compunham a população de Atenas e escolhidos, por meio da tiragem de sorte”[ii]. A missão do tribunal não era fácil: ele deveria julgar Sócrates, figura, às vezes, um pouco incômoda, mas conhecido por ser justo. “A acusação era grave: não reconhecer os deuses do Estado, introduzir novas divindades e corromper a juventude”[iii].

Sócrates foi julgado, basicamente, por sua atitude questionadora, que nunca aceitava o que era estabelecido sem que antes fosse criteriosamente analisado. Em sua defesa, Sócrates não apelou às súplicas pela misericórdia, comuns na época, limitando-se a apresentar argumentos consistentes, a favor de sua inocência. O filósofo defendia que era seu papel ali apenas convencer o júri da verdade, e não partir para a apelação.

 

Sócrates recebeu o cálice de veneno e bebeu, sem pestanejar, sem tentar qualquer subterfúgio e mantendo-se sempre altivo e honrado. A morte de Sócrates aconteceu, porque ele teve a coragem que muitos não tiveram: a coragem de questionar o

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