Sócrates – E então? E aos inimigos, deve restituir-se
aquilo que acaso lhes devemos?
Polemarco – Sem dúvida alguma, restituir-lhes aquilo
que se lhes deve; ora o que um inimigo deve a outro é, em
meu entendimento, o que lhe convém: o mal.
[...]
Sócrates – Bem. E a arte a que chamam da justiça, dá
a quem o quê?
Polemarco – Se temos de ser consequentes com o que
se disse antes, dá ajuda aos amigos e prejuízo aos inimigos.
[...]
Sócrates – Mas os justos podem tornar outrem injusto,
por meio da justiça? Ou, de um modo geral, os bons podem
tornar outrem mau, por meio da sua perfeição?
Polemarco – É impossível.
Sócrates – Logo, Polemarco, fazer mal não é a ação do
homem justo, quer seja a um amigo, quer a qualquer outra
pessoa, mas, pelo contrário, é a ação de um homem injusto.
Polemarco – Parece-me inteiramente verdade o que
dizes, Sócrates.
PLATÃO. A República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira.
10.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1949.
Sócrates foi um pensador da Antiguidade Clássica cujo
método, apresentado no texto, consistiu em uma forma de
filosofar denominada:
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
Resposta:
Maiêutica
Explicação:
o interlocutor é levado a descobrir a verdade sobre algo, observa a fala final de polemarco ''Polemarco – Parece-me inteiramente verdade o que
dizes, Sócrates.''
ele reformulou a ideia que tinha pensado inicialmente
GabrielaSouzaaaaa:
obrigadaaa!!
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