Socorroooooo!!!!
A expansão do setor elétrico no Brasil tem acarretado historicamente situações de conflito direto ou latente com diversas comunidades indígenas. Este fato tem ocorrido sobretudo em decorrência das consequências advindas da construção de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão de alta tensão elétrica no interior ou nas proximidades das terras indígenas.
Entre as principais interferências diretas e indiretas oriundas pela expansão do setor elétrico nas áreas indígenas, destacam-se: a realocação de comunidades para outras regiões, muitas vezes acompanhada de rupturas em seus estilos de vida; o alagamento de grandes parcelas territoriais, incluindo áreas consideradas sagradas, como os locais tradicionais de sepultamento; a invasão das terras indígenas, facilitadas indiretamente pela expansão das instalações do setor elétrico; a diminuição da disponibilidade da caça e a redução das áreas cultiváveis; e a proliferação da população de vetores, incluindo artrópodes e moluscos, levando ao aumento na incidência de malária e outras doenças infecciosas (Arruda, 1985; Bulcão, 1994; Consolini et al., 1990; Couto,
1996; Guimarães et al., 1997; Tadei, 1994).
Alguns exemplos poderiam ser citados, como da construção da Usina Itaipu-Binacional; a construção da Usina de Tucuruí; o funcionamento da Usina Luiz Gonzaga. A construção de linhas de transmissão de alta tensão elétrica no interior das terras indígenas tem sido outro importante fator de litígio. Embora estas tenham sido construídas após a assinatura de acordos, seja com o pagamento de indenizações e/ou instalação da rede elétrica nos domicílios das aldeias, o sentimento de não aceitação de seus termos persiste em diferentes comunidades.
Segundo dados fornecidos pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em 1996 existiam 156 Áreas Indígenas com algum tipo de contestação em decorrência de litígios com empresas do setor elétrico. Estas apresentavam a seguinte distribuição geográfica: 39 no Estado do Amazonas; 22 em Mato Grosso; 21 no Pará; 14 em Mato Grosso do Sul; 13 em Rondônia; oito no Rio Grande do Sul; sete no Paraná; seis em Tocantins; quatro cada em Pernambuco, Bahia e Santa Catarina; três em Minas Gerais; dois cada em Alagoas e Maranhão; e um em cada um dos estados de Goiás, Espirito Santo, Paraíba, Roraima, Sergipe, São Paulo e Amapá.
Percebe-se assim não só um padrão nacional de distribuição da problemática, mas também sua concentração na Região Norte, com mais de 65% dos litígios referidos pelas comunidades indígenas com o setor elétrico (FUNAI, 1996). Em conjunto, as populações destas comunidades capazes de virem a ser afetadas direta ou potencialmente pela expansão deste setor totalizam ao redor de 117.837 indígenas segundo estatísticas da FUNAI, aproximadamente um terço de toda a população indígena no país (MS, 2000). Neste sentido, o principal fator envolvido diz respeito à construção de usinas hidrelétricas, respondendo por 104 (67%) das interferências documentadas com áreas indígenas, estando 26 destas em operação. A segunda causa mais frequente de interferência foi a implantação de linhas de transmissão de alta tensão elétrica no interior das terras indígenas (26 relatos), seguindo-se cinco relatos referentes à proximidade destas com áreas limítrofes à comunidades indígenas.
Atividade
1 – Após leitura deste texto, escreva sua perspectiva se poderia ser revertido
este quadro de conflitos utilizando outras fontes para a geração de energia
nestas regiões indígenas.
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Resposta:
A partir da experiência de um grupo indígena brasileiro, este artigo realiza uma reflexão sobre as transformações culturais e o perigo de perda cultural e de identidade. Para isso, retomam-se os conceitos de cultura e civilização tais como concebidos e pela antropologia e no senso comum, contrapondo-os às noções indígenas de cultura e tradição, com o objetivo de entender como elas lidam com a permanência e a mudança cultural.
Explicação:
espero ter ajudado
joaogabrielvieirapir:
muito obrigadoo
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