SOCORRO.
Questão 1)
— Lembrou-me vestir a farda de alferes. Vesti-a, aprontei‑me de todo; e, como estava defronte do espelho, levantei os olhos, e... não lhes digo nada; o vidro reproduziu então a figura integral; nenhuma linha de menos, nenhum contorno diverso; era eu mesmo, o alferes, que achava, enfim, a alma exterior. Essa alma ausente com a dona do sítio, dispersa e fugida com os escravos, ei-la recolhida no espelho. Imaginai um homem que, pouco a pouco, emerge de um letargo, abre os olhos sem ver, depois começa a ver, distingue as pessoas dos objetos, mas não conhece individualmente uns nem outros; enfim, sabe que este é Fulano, aquele é Sicrano; aqui está uma cadeira, ali um sofá. Tudo volta ao que era antes do sono. Assim foi comigo. Olhava para o espelho, ia de um lado para outro, recuava, gesticulava, sorria e o vidro exprimia tudo. Não era mais um autômato, era um ente animado.
Trecho do conto "O espelho", de Machado de Assis.
O desfecho de "O Espelho" nos permite concluir o entendimento da personagem Jacobina sobre o que chama de "alma exterior". Trata-se da
a) necessidade de construção de uma imagem correspondente ao status social.
b) satisfação em encontrar-se em um cargo que traga reconhecimento social.
c) complementação da alma interior com a aparência exterior atribuída por terceiros.
d) obrigação de honra à história familiar, perpetuando as conquistas de nossos antepassados.
Questão 4)
Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora o focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... – ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço doido, que barulha como um fogo, e faz medo não é novo: tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os homens e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos. Como sempre. Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, à voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do fundo, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça; nem um arranco, fora de hora. Assim.
ROSA, João Guimarães. Sagarana. 12. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1970.
Analisando o fragmento do conto "O burrinho pedrês", pode-se dizer que nele a voz do narrador, em alguns momentos, parece confundir-se com um pensamento que se poderia atribuir à personagem. Esse recurso linguístico caracteriza discurso
a) direto.
b) indireto.
c) indireto livre.
d) direto e indireto.
e) direto e indireto livre.
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Resposta:
só sei a número 4 letra d
Explicação:
obs não tenho certeza se está correto
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