Sobre ritmos africanos no Brasil, partimos da vinda dos escravos para cá. Neste período, a população negra só podia recorrer ao canto e à dança para manter viva sua cultura, união e identidade. Com esta afirmação, podemos concluir que:
Os donos dos escravos, gostando do ritmo e da cultura, muitas vezes se juntavam à eles nas senzalas e festejavam.
O Candomblé e a capoeira não são misturas da cultura africana e brasileira, mas sim dos muitos espanhóis e portugueses que também estava por aqui.
O surgimento de manifestações como candomblé e capoeira foram fundamentais para o desenvolvimento dos principais gêneros musicais do Brasil.
Soluções para a tarefa
Resposta:
surgimento de manifestações como candomblé e capoeira foram fundamentais para o desenvolvimento dos principais gêneros musicais do Brasil.
Explicação:
É impossível entender a música brasileira sem refletir sobre o êxodo de escravos africanos aos continentes americanos a partir de 1500. Todos os gêneros e ritmos ramificam dessa raiz e se consolidam nos séculos seguintes: o maracatu (no século 17), o baião (século 19), o choro (século 19) e o samba (entre o final do século 19 e começo do século 20). Depois, essa tradição forneceu elementos rítmicos e inspirou o surgimento da bossa nova, da tropicália, do mangue beat, do funk carioca e o DNA da África ainda é perfeitamente visível em trabalhos de artistas contemporâneos de destaque – como, por exemplo, o Baiana System, um dos principais fenômenos populares recentes. Porém, antes do surgimento desses ritmos, a história dos negros no Brasil já trazia formas de expressão que adubaram essa árvore genealógica. O candomblé e a capoeira estão entre elas.
Ambas manifestações eram praticadas nos quilombos e senzalas. O candomblé tornou-se uma religião brasileira de matriz africana e híbrida de elementos da fé dos negros trazidos de diferentes países, como Angola, Benin, Congo e Nigéria. O louvor aos orixás no ritmo do atabaque e a dança são aspectos das celebrações nos terreiros. A capoeira se popularizou como uma forma de arte marcial também associada à música, em que os golpes são desferidos na cadência do som do berimbau. Os instrumentos de percussão trazidos da África ou adaptados pelos escravos já no Brasil são fundamentais para a musicalidade tanto em um caso quanto no outro e seus fundamentos foram incorporados posteriormente na criação do samba.
Resposta:
surgimento de manifestações como candomblé e capoeira foram fundamentais para o desenvolvimento dos principais gêneros musicais do Brasil.
Explicação:
Cultura brasileira tem influência de
ritmos e gêneros musicais africanos
Olodum popularizou o samba reggae pelos quatro cantos do mundo. Já o Bando de Teatro Olodum coloca em cena questões que envolvem os negros.
Patrícia Nobre
Salvador
No século XIX, os escravos se reuniam para manter suas tradições, mostrar resistência cultural, e fazer o samba de roda. No Rio de Janeiro, o batuque dos negros foi misturado a outros gêneros musicais e, no começo do século XX, nasceu um dos símbolos da cultura brasileira: o samba carioca, com seu repique africano.
Para o pesquisador Paulo Costa Lima esse é um exemplo de encontro de ritmos, de civilizações: “Esse repique é que vai permitir o rebolado, a participação do corpo. Nós ouvimos a música e nos sentimos parte dela. A rítmica africana entra em uma estrutura que tem melodia, harmonia europeia e distorce, dá um repuxo necessário ao frevo. Então é dessas negociações entre África, Brasil e Europa, gerando o Brasil, que a gente está falando”.
Com tambores de vários tamanhos, repiques e uma nova forma de tocar nasceu mais um gênero musical criado com a marca da cultura negra: o samba-reggae. Foi o Olodum que puxou o samba-reggae e espalhou esse som pelos quatro cantos do mundo. A batida marcante conquistou fãs famosos e levou ao Pelourinho Paul Simon e Michael Jackson, que gravaram com a banda. "A gente tem muita alegria de ter realizado uma trajetória de sucesso, de trabalho e, ao mesmo tempo, de mostrar que a herança africana não é só algo com lamento, tristeza. Pelo contrário, é uma energia positiva", garante João Jorge, presidente do Olodum.
Com música, Olodum no nome e negros no palco, o Bando de Teatro Olodum foi criado há 21 anos para colocar em cena questões que envolvem os negros e já fez 27 montagens. "A gente está contando uma história no teatro com a nossa cara, sem precisar pintar o rosto", diz a atriz Rejane Maia.