Sobre qual acontecimento da história do Brasil os dois irmãos estavam refletindo
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Olá!
Segue abaixo um trecho da obra "Esaú e Jacó" que retrata uma discussão dos irmãos Pedro e Paulo acerca de um acontecimento da história do Brasil.
"[...] Enquanto o sono não chegava, iam pensando nos acontecimentos do dia, ambos espantados de como foram fáceis e rápidos. Depois cogitavam no dia seguinte e nos efeitos ulteriores. Não admira que não chegassem à mesma conclusão.
“Como diabo é que eles fizeram isto, sem que ninguém desse pela coisa?” — refletia Paulo. “Podia ter sido mais turbulento. Conspiração houve, decerto, mas uma barricada não faria mal. Seja como for, venceu-se a campanha. O que é preciso é não deixar esfriar o ferro, batê-lo sempre, e renová-lo. Deodoro é uma bela figura. Dizem que a entrada do marechal no quartel, e a saída, puxando os batalhões, foram esplêndidas. Talvez fáceis demais; é que o regímen estava podre e caiu por si...”
Enquanto a cabeça de Paulo ia formulando essas ideias, a de Pedro ia pensando o contrário; chamava o movimento um crime.
“Um crime e um disparate, além de ingratidão; o imperador devia ter pegado os principais cabeças e mandá-los executar.
Infelizmente, as tropas iam com eles. Mas nem tudo acabou. Isto é fogo de palha; daqui a pouco está apagado, e o que antes era torna a ser. Eu acharei duzentos rapazes bons e prontos, e desfaremos esta caranguejola. A aparência é que dá um ar de solidez, mas isto é nada. Hão de ver que o imperador não sai daqui, e, ainda que não queira, há de governar; ou governará a filha, e, na falta dela, o neto. Também ele ficou menino e governou. Amanhã é tempo; por ora tudo são flores. Há ainda um punhado de homens...”"
Joaquim Maria Machado de Assis. Esaú e Jacó. Rio de Janeiro; São Paulo; Porto Alegre: W. M. Jackson, 1957. p. 271-2.
Agora, vamos à resposta da questão: sobre o que Pedro e Paulo discutiam?
Os irmãos refletiam sobre a Proclamação da República ocorrida no dia 15 de novembro de 1889, ocasião em que se encerrava o período monárquico do Brasil. Podemos afirmar com segurança se tratar deste episódio por meio de algumas referências no texto, tais como a citação do nome de Manuel Deodoro da Fonseca, figura emblemática da proclamação.
Outra referência é a menção indireta a Dom Pedro II, último monarca do Brasil em "o imperador devia ter pegado os principais cabeças e mandá-los executar".
Espero ter ajudado, um abraço! :)