Sobre os países africanos que conseguiram sua independência na segunda metade do século XX, os fragmentos acima caracterizam parte de sua situação geral. Podemos afirmar que: tem a ver sobretudo com as dificuldades de formação dos Estados nacionais africanos, que não conseguiram romper totalmente, após a independência, com os sistemas econômicos, culturais e político-administrativos das antigas metrópoles. é resultado da precariedade de recursos naturais no continente africano e da falta de experiência política dos novos governantes, que facilitam o agravamento da corrupção e dificultam a contenção dos gastos públicos. tem a ver sobretudo com a falta de unidade política entre os Estados nacionais africanos, que impedem o desenvolvimento de uma luta conjunta contra o controle do comércio internacional pelos grandes blocos econômicos. Nenhuma das alternativas pode ser considerada correta.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
1. (Pucsp 2017) “Virou-se para Teoria. Este ainda não dormia. Sem Medo segredou-lhe:
– O que conta é a ação. Os problemas do Movimento resolvem-se, fazendo a ação armada. A mobilização do povo de Cabinda faz-se desenvolvendo a ação. Os problemas pessoais resolvem-se na ação. Não uma ação à toa, uma ação por si. Mas a ação revolucionária. O que interessa é fazer a Revolução, mesmo que ela venha a ser traída.”
Pepetela. Mayombe. São Paulo: Leya, 2013, p. 237.
O trecho, extraído de um romance angolano, refere-se à luta do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), na década de 1970, pela independência de Angola. Nessa obra de ficção, aparecem diversos temas presentes nesse conflito. Entre eles,
a) a impossibilidade de saídas negociadas, as divergências entre os vários grupos que lutavam contra a colonização portuguesa, o personalismo de algumas lideranças.
b) o apoio da comunidade internacional à independência angolana, a articulação da luta das várias tribos, a preocupação dos portugueses com reformas políticas e sociais.
c) o temor do povo angolano face à ameaça de invasão estrangeira, o diálogo ininterrupto com os representantes portugueses, o abandono da luta armada.
d) a aliança da guerrilha angolana com os fascistas portugueses, a ampla mobilização popular em favor da emancipação política, a unidade dos grupos em luta.
2. (Fgv 2017) Tudo muda.
De novo começar podes, com o último alento.
O que acontece, porém, fica acontecido:
E a água que pões no vinho, não podes mais separar.
(...)
Porém, tudo muda: com o último alento podes
de novo recomeçar.
Bertold Brecht
É a esse processo histórico, que levou à liquidação dos impérios coloniais europeus e ao surgimento ou ressurgimento de povos que se constituíram em Nações e Estados, que se costuma dar o nome de descolonização.
Letícia Bicalho Canêdo. A descolonização da Ásia e da África, 1985.
A partir dos textos, é correto afirmar que
a) a colonização europeia foi inseparável da descolonização da Ásia e da África do século XX, pois o nacionalismo, um valor ocidental, foi usado pela classe dirigente que, identificada com o Estado Nacional, não respeitou as tradições locais, isto é, a descolonização não destruiu a colonização; água e vinho estão misturados.
b) a descolonização da Ásia e da África, no século XX, fez surgir novos povos, identificados com suas tradições e com valores antigos, essenciais para a estabilidade dos Estados e das nações, geridos pela classe dirigente, distante do velho colonialismo; a descolonização rompeu com a colonização, isto é, separou a água do vinho.
c) a descolonização da Ásia e da África no século XIX, como continuidade ao colonialismo europeu, identificou-se com a classe dirigente internacional, preservou as principais tradições e criou o Estado Nacional a partir do nacionalismo, valor tribal que garantiu estabilidade para aquelas regiões; portanto, a água não se separou do vinho.
d) a descolonização da Ásia e da África, no século XX, foi um processo separado da colonização, pois os valores da tradição foram rompidos e surgiu o Estado Nacional como criação da classe dirigente local, cujos interesses estavam alinhados com o capitalismo internacional, o que significou desenvolvimento para a maioria; água e vinho estão separados.
e) o processo de descolonização do século XX, na Ásia e na África, é revolucionário na medida em que destruiu o velho colonialismo e colocou no poder a classe dirigente local, identificada com o capitalismo internacional, que organizou o Estado Nacional segundo os interesses de estabilidade e de desenvolvimento para todos; água e vinho estão separados.
3. (Enem 2016)
O regime do Apartheid adotado de 1948 a 1994 na África do Sul fundamentava-se em ações estatais de segregacionismo racial.
Na imagem, fuzileiros navais fazem valer a “lei do passe” que regulamentava o(a)
a) concentração fundiária, impedindo os negros de tomar posse legítima do uso da terra.
b) boicote econômico, proibindo os negros de consumir produtos ingleses sem resistência armada.
c) sincretismo religioso, vetando os ritos sagrados dos negros nas cerimônias oficiais do Estado.
d) controle sobre a movimentação, desautorizando os negros a transitar em determinadas áreas das cidades.
e) exclusão do mercado de trabalho, negando à população negra o acesso aos bens de consumo.
4. (CPS 2014) Algumas viagens ocorrem por razões políticas. Uma dessas viagens foi feita pelo líder pacifista Mohandas Gandhi (conhecido por Mahatma, que significa Grande Alma).
Gandhi conduziu milhares de indianos ao litoral em uma marcha de cerca de 300 quilômetros, a fim de que todos coletassem seu próprio sal de cozinha, deixando de adquirir o produto industrializado dos britânicos e, portanto, não pagando impostos.
Esta ação eficiente, que feriu os cofres da Coroa Britânica, foi a chamada Marcha do Sal, ocorrida entre 12 de março e 5 de abril de 1930.