História, perguntado por SadSumiu000, 11 meses atrás

sobre o trafico negreiro​

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Respondido por colomaq
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Explicação:

Tráfico negreiro é como chamamos a prática de tráfico de escravos da África para o continente europeu e americano, incluindo o Brasil. O tráfico de escravos consistiu, basicamente, na migração forçada de africanos com o intuito de escravizá-los durante a colonização da América. Essa atividade, em nosso país, iniciou-se em meados do século XVI e encerrou-se somente em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós.

  • O tráfico negreiro foi responsável por trazer, forçadamente, cerca de 11 milhões de pessoas africanas para a América.

  • As razões para a implantação da escravidão de africanos aqui foi a escassez de mão de obra indígena aliada aos interesses metropolitanos em desenvolver o comércio ultramarino.

  • Os portugueses compravam os escravos em suas feitorias instaladas no litoral da África.

  • Os escravos eram obtidos como prisioneiros de guerra vendidos por determinados reinos ou eram prisioneiros emboscados pelos traficantes.

  • Enfrentavam uma viagem de mais de 40 dias, em condições degradantes, que fazia com que vários escravos morressem durante a viagem.

  • Vieram de diferentes regiões da África, como Senegâmbia, Angola, Congo e Moçambique.

  • Os locais no Brasil que mais receberam escravos foram Rio de Janeiro, Recife e Salvador.

  • O tráfico negreiro só foi proibido no Brasil em 1850, por meio da Lei Eusébio de Queirós.

  • Estima-se que o Brasil recebeu de 3,5 milhões a 5 milhões de africanos escravizados. O país foi o que mais recebeu escravos africanos do mundo.

Causas do tráfico negreiro

O tráfico negreiro no Brasil está diretamente relacionado com o desenvolvimento da produção açucareira aqui durante o período da colonização. O tráfico de africanos para o Brasil associa-se, em partes, com o escasseamento da população de escravos indígenas no Brasil, sobretudo a partir da década de 1550.

Os escravos eram transportados em navios conhecidos como tumbeiros.

Os navios negreiros levavam de 300 a 500 escravos, e o tempo de viagem, partindo de Angola, era de 35 dias, caso fossem para Pernambuco; de 40 dias, se fossem para a Bahia; e de 50 dias, se fossem para o Rio de Janeiro.|4| No período de viagem, os escravos encontravam condições totalmente desumanas e que eram responsáveis pela morte de uma quantidade expressiva dos embarcados.

Muitos alimentavam-se apenas uma vez por dia e quase não recebiam água potável. Eram aglomerados em porões, com uma quantidade elevada de pessoas, o que tornava, muitas vezes, difícil respirar e facilitava a transmissão de doenças. Uma das doenças que mais atingiam os escravos nos navios negreiros era o escorbuto, causado por uma dieta pobre em vitamina C. As historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling|5| enumeram outras doenças que eram comuns nos navios negreiros:

  • Varíola;

  • Sarampo;

  • Febre amarela;

  • Doenças gastrointestinais etc.

Tráfico negreiro no Brasil

O tráfico negreiro, no Brasil, iniciou-se por volta da década de 1530 e 1540, pelos motivos já explorados neste texto. Esse comércio estendeu-se em nosso país durante mais de três séculos e na década de 1580, por exemplo, já era um negócio bem estabelecido e altamente lucrativo. Depois da independência, o tráfico intensificou-se e o Brasil transformou-se no país que mais recebeu africanos escravizados no mundo.

As principais regiões da África das quais vieram os escravos para o Brasil foram:

Senegâmbia: os portugueses chamavam essa região de Guiné, e ela foi a grande fonte de escravos no século XVI.

Angola e Congo: maiores fontes de escravos para os portugueses durante o século XVII.

Costa da Mina e Benin: maiores fornecedores de escravos para os portugueses no século XVIII.

Moçambique também foi um local do qual muitos escravos vieram. Entre os povos que vieram, estava a etnia banto e outros, como balantas, bijagós, jalofos, jejes, nagôs, hauçás etc. Aqui no Brasil, a preferência era por adquirir escravos de diferentes povos porque isso dificultava a articulação dos grupos e diminuía as possibilidades de que fossem organizadas fugas e movimentos de resistência.

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