sobre o texto psicopata ao volante, qual a ironia que existe nele?
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O Texto “Psicopata ao volante” é uma crônica, escrita por Fernando Sabino, que retrata o diálogo entre um guarda de trânsito e o cidadão parado pelo mesmo, por ter irregularidades no carro. Durante toda a crônica, é utilizada a ironia pelo autor, ao contar o diálogo. Mas, podemos perceber essa ironia de forma mais explícita, nos últimos parágrafos, que dizem:
“O guarda o olhava, cada vez mais intrigado:
— Já pensou na aporrinhação que vai Ter? A pé, logo numa
noite de Sábado. Vai ver que tinha aí o seu programinha para esta noite…E
amanhã é Domingo, só vai poder pensar em liberar o carro a partir de
Segunda-feira. Isto é, depois de pagar as multas todas…
— É isso aí– e David o olhou, penalizado: — Estou pensando
também no senhor, se aborrecendo por minha causa, perdendo tempo comigo numa
noite de Sábado, vai ver que até estava de folga hoje…
— Pois então? — reanimado, o guarda farejou um entendimento:
— Se o senhor quisesse, a gente podia dar um jeito…O senhor sabe, com boa
vontade, tudo se arranja.
— É isso aí, tudo se arranja. Onde fica mesmo o depósito?
O guarda não disse mais nada, a olhá-lo, fascinado. De
repente ordenou, já à altura do Mourisco:
— Pare o carro! Eu salto aqui.
David parou o carro e o guarda saltou, batendo a porta, que
por pouco não se despregou das dobradiças. Antes de se afastar, porém,
debruçou-se na janela e gritou:
— O senhor é um psicopata”
Resposta:
Repare, que durante o texto, houve uma ironia presente no modo de agir do guarda em relação ao condutor do carro. Na situação, o sujeito que deveria estar nervoso, era o condutor, por ter que pagar a multa do carro e leva-lo ao depósito. Mas quem estava mesmo nervoso era o guarda. Que ao final ironicamente, associou o termo de psicopata (distúrbio mental grave em que o enfermo apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso), ao condutor, que agiu da forma totalmente inesperada na situação.