Sobre o texto "A razão e a experiência" de Leibniz, responda:
Qual é a questão colocada no início do texto? Trata-se de saber se há, ao lado de verdades que só dependem da experiência, outras verdades que não dependem dela absolutamente? Trata-se de saber se todas as verdades só dependem da experiência ou se outras verdades, que não sendo radicalmente independentes da experiência, só têm como fundamento a experiência? Como Leibniz responde a esta questão e como ele prova sua resposta? Explique a expressão "algo de nosso"; para fazê-lo, oponha o que procede do espírito e o que depende do acontecimento exterior. Por que as verdades necessárias e universais só podem depender da experiência?
Soluções para a tarefa
Leibniz desenvolveu amplo pensamento sobre ideias e princípios fundamentais da filosofia, incluindo a verdade, os mundos possíveis, o princípio de razão suficiente, isto é, que nada ocorre sem uma razão, o princípio da harmonia pré-estabelecida, onde Deus construiu o universo de tal modo que os fatos mentais e físicos ocorrem simultaneamente, e o princípio de não contradição, que uma proposição da qual se pode derivar uma contradição é falsa.
Em seu entendimento humano, reconheceu as qualidades inatas da alma como "algo nosso", isto é, o ser, o uno, o idêntico, a causa, a percepção e o raciocínio, assim a alma reconhece virtualmente tudo.
Distingue dois tipos de verdades:
As verdades de razão ou verdades necessárias, uma coisa é o que ela é, necessária e universalmente, não podendo de modo algum ser diferente do que é e de como é. As proposições geométricas são exemplo de verdades da razão, não é possível negar que uma reta seja a menor distância entre dois pontos, isto seria uma contradição, e as verdades da razão não admitem contradição.
As verdades de razão são inatas. É absoluta, pois está no intelecto de Deus. As leis da matemática e as regras de justiça e bondade. O oposto dessas verdades é impossível.
As verdades de fato, ao contrário, são as que dependem da experiência, pois anunciam idéias que são obtidas através da sensação, da percepção e da memória. As verdades de fato são empíricas e se referem a coisas que poderiam ser diferentes do que são, mas que são como são porque há uma causa para que sejam assim. As verdades de fato admitem opostos. Elas poderiam não existir, mas tem um motivo prático para existirem.
Verdades necessárias e universais são inatas e não adquiridas pela experiência. São verdades que nos diferem, segundo Leibniz, dos animais que só buscam a sobrevivência, enquanto o ser homem, dotado de alma, percebe através da razão, o princípio de Deus, como criador perfeito, que não permite contradição.
Bons estudos!