Português, perguntado por mimiperlin, 7 meses atrás

sobre o conto história comum!!!
a) quais são os personagens?
b) espaço?
c)o tempo?
d) e as ações?
e) e o desfecho?
me ajudem prfv

o conto:

Caí na copa do chapéu de um homem que passava...

Perdoe-me este começo;

é um modo de ser épico.

Entro em plena ação.

Sou um simples alfinete vilão, modesto, não alfinete de adorno, mas de uso, desses com que as mulheres do povo pregam os lenços de chita, e as damas de sociedade os fichus, ou as flores, ou isto, ou aquilo.

Aparentemente vale pouco um alfinete;

mas, na realidade, pode exceder ao próprio vestido.

Não exemplifico;

o papel é pouco, não há senão o espaço de contar a minha aventura.

O dono do armarinho vendeu-me, com mais onze irmãos, uma dúzia, por não sei quantos réis;

coisa de nada.

Que destino!

Uma triste mucama.

Não sei quanto tempo ali estive;

saí um dia de manhã para pregar o lenço de chita que a mucama trazia ao pescoço.

Como o lenço era novo, não fiquei grandemente desconsolado.

E depois a mucama era asseada e estimada, vivia nos quartos das moças, era confidente dos seus namoros e arrufos;

Entre o peito da Felicidade e o recanto de uma mesa velha, que ela tinha na alcova, gastei uns cinco ou seis dias.

De noite, era despregado e metido numa caixinha de papelão, ao canto da mesa;

de manhã, ia da caixinha ao lenço.

Monótono, é verdade;

Na véspera do dia em que se deu a minha aventura, ouvi falar de um baile no dia seguinte, em casa de um desembargador que fazia anos.

As senhoras preparavam-se com esmero e afinco, cuidavam das rendas, sedas, luvas, flores, brilhantes, leques, sapatos;

Bem quisera eu saber o que era um baile, e ir a ele;

— Certamente que não.

Felicidade, aperta o vestido.

— Que meias, nhanhã?

--- As que estavam na cadeira...

Estão aqui mesmo.

E Felicidade ia de um lado para outro, solícita, obediente, meiga, sorrindo a todas, abotoando uma, puxando as saias de outra, compondo a cauda desta, concertando o diadema daquela, tudo com um amor de mãe, tão feliz como se fossem suas filhas.

E eu vendo tudo.

O que me metia inveja eram os outros alfinetes.

Quando os via ir da boca da mucama, que os tirava da toilette, para o corpo das moças, dizia comigo, que era bem bom ser alfinete de damas, e damas bonitas que iam a festas.

— Meninas, são horas!

— Lá vou, mamãe!

disseram todas.

Esta, por nome Clarinha, ficou arranjando uma rosa no peito, uma linda rosa;

pregou-a e sorriu para a mucama.

— Hum!

resmungou esta.

Seu Florêncio hoje fica de queixo caído...

Clarinha olhou para o espelho, e repetiu consigo a profecia da mucama.

Digo isto, não só porque me pareceu vê-lo no sorriso da moça, como porque ela voltou-se pouco depois para a mucama, e respondeu sorrindo:
— Pode ser.

— Pode ser?

Vai ficar mesmo.

— Clarinha, só se espera por você.

— Pronta, mamãe!

Tinha prendido a rosa, às pressas, e saiu.

Na sala estava a família, dois carros à porta;

no primeiro foi o pai com as outras duas filhas.

Clarinha calçava as luvas, a mãe dizia que era tarde;

mas, ao entrar caiu a rosa do peito da moça.

Consternação desta;

Mas Clarinha pedia que se demorasse um instante, um instante só, e diria à mucama que fosse buscar um alfinete.

— Não é preciso, sinhá;

Que alegria a de Clarinha!

Com que alvoroço me tomou entre os dedinhos, e me meteu entre os dentes, enquanto descalçava as luvas.

Façam-me o favor de dizer se Bonaparte teve mais rápida ascensão.

Não há dois minutos toda a minha prosperidade era o lenço pobre de uma pobre mucama.

uma escada suada de tapetes, lavada de luzes, aromada de flores...

enfim!

eis-me no meu lugar.

Estamos na terceira valsa.

O par de Clarinha é o Dr. Florêncio, um rapaz bonito, bigode negro, que a aperta muito e anda à roda como um louco.

Acabada a valsa, fomos passear os três, ele murmurando-lhe coisas meigas, ela arfando de cansaço e comoção, e eu fixo, teso, orgulhoso.

Seguimos para a janela.

O Dr. Florêncio declarou que era tempo de autorizá-lo a pedi-la.

— Não se vexe;

Clarinha apertou-lhe a mão;

ele levou-a à boca e beijou-a;

ela olhou assustada para dentro.

— Ninguém vê, continuou o Dr. Florêncio;

amanhã mesmo escreverei a seu pai.

Conversaram ainda uns dez minutos, suspirando coisas deliciosas, com as mãos presas.

O coração dela batia!

Eu, que lhe ficava em cima, é que sentia as pancadas do pobre coração.

Pudera!

— Tome.

E despregando a rosa, deu-a ao namorado, atirando-me, com a maior indiferença, à rua...


mimiperlin: pronto
mimiperlin: o conto esta lá ja

Soluções para a tarefa

Respondido por emmilyduda
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Resposta:

(a) O homem

(b)

Explicação:


mimiperlin: ??
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