Sobre o contexto da Abolição da escravidão no Brasil, responda as questões a seguir:
1) De modo geral, por que algumas das chamadas teorias raciais foram defendidas no Brasil?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Neste texto, desenvolvemos uma análise do surgimento das teorias raciais.
Para fazer a introdução deste trabalho partimos do pressuposto de que a década de
1870 marcou o começo de uma nova era, pois foi nesta época que ocorreu a
assinatura da Lei do Ventre Livre (1871), iniciando-se assim, pouco a pouco o fim da
escravidão e início de um debate entre a mão de obra européia que iria substituir a
escravidão africana.
Ocorre nesta época, um discurso evolucionista, a fim de analisar a
sociedade, estabelecendo diferenças internas na população.
Os negros, escravos e africanos passaram a ser “objetos de sciencia”, se
tornaram “classes perigosas”, sendo definido pela ciência como diferentes e
inferiores, pois era a partir da ciência que se estabeleciam as diferenças e as
inferioridades.
Foi neste contexto de transição do trabalho escravo para o livre que as
teorias raciais desenvolvidas na Europa começaram a penetrar no pensamento
social brasileiro. Surgindo assim, o racismo como construção social baseado nos
pressupostos científicos.
E Juntamente com ele, surgem também os “scientistas” do pensamento
social. Na Europa, surgem pensadores como: Joseph Arthur de Gobineau e Cesare
Lombroso. Juntamente com eles surgem no Brasil os “homens de Sciencia”, como:
João Batista Lacerda, Silvio Romero, Nina Rodrigues e Oliveira Vianna.
A influência de Gobineau nas teorias raciais que aqui se desenvolveram
foram muito forte, da mesma forma com que suas ideias também repercutiram entre
a elite branca do sul dos Estados Unidos, onde predominava o trabalho escravo. A
teoria racista de Gobineau não era preconceituosa apenas contra as raças não-
brancas, mas contra inclusive, os brancos que consideravam ter sangue mesclado
com negros e índios. De tal maneira que sua teoria racista foi “justificadora da
dominação feudal, se transformaria numa ideologia justificadora da dominação dos
países capitalistas centrais sobre os países da África, Ásia e da América Latina e
também da dominação de uma elite proprietária sobre o conjunto da população
trabalhadora” (BUONICORE, 2007, p.2).
Em meados do século XIX, surge uma vertente pessimista sobre a