sobre esse tempo de isolamento social, será que estamos prontos para nós socorre? para ajudar o próximo?
Soluções para a tarefa
Resposta:Se para quem tem condições de ficar em casa já pode ser bastante perturbadora a experiência do isolamento, imagine para aquelas que quase nada têm? A pandemia do coronavírus pode ser mais devastadora para as populações vulneráveis: povos indígenas e comunidades ribeirinhas que vivem distantes de hospitais, comunidades sem acesso à água, saneamento básico ou a itens de higiene básica; pessoas em situação de rua e tantos outros que não têm a opção de ficar em isolamento social para se prevenir da Covid-19. Pessoas de baixa renda e trabalhadores informais já são os mais afetados pelos efeitos econômicos da pandemia.
Thiago Vinicius, da Agência Solano Trindade, por exemplo, é morador do Campo Limpo e divide seu tempo entre administrar um coworking, o Armazém Organicamente, e um restaurante. Os espaços buscam gerar renda e democratizar a alimentação saudável para a comunidade. Com a situação atual os espaços tiveram que fechar suas portas e mudar sua forma de atuação, impactando as pessoas que se beneficiavam dessas iniciativas.
“A situação neste momento é da gente sobreviver e salvar o maior número possível de vidas”, disse para o Greenpeace Brasil. “Estamos trabalhando na agência como uma espécie de Cruz Vermelha para arrecadar o máximo de doações, conectando pessoas que querem doar com as que precisam receber. Precisamos de todo apoio para as vaquinhas das comunidades. A vaquinha hoje é um dos instrumentos mais importantes pois o dinheiro chega sem muitas burocracias”, completou.
Pensando em formas de conectar as pessoas que têm condições de passar essa quarentena em resguardo e que têm possibilidade de apoiar outros grupos, listamos algumas iniciativas. Outros sites também estão fazendo listas, como a Mídia Ninja e o Instituto Socioambiental (ISA). Vamos elevar nossa humanidade colaborando com o próximo.
Apoie a Agência Solano Trindade – Armazém Organicamente: a Agência Popular Solano Trindade busca arrecadar recursos financeiros para conseguir superar os custos fixos durante o tempo em que a casa está com atividades suspensas.
Apoie os catadores de recicláveis de São Paulo: Por causa do coronavírus, catadores não podem trabalhar nas ruas, como de costume. Está no ar a campanha de financiamento coletivo RENDA MÍNIMA PROS CATADORES.
Apoie os Coletivos de Favelas do Rio de Janeiro: A campanha puxada pelo Movimento 342 e a Associação Procure Saber vai destinar os recursos obtidos para os Coletivos Papo Reto, Voz das Comunidades, Rocinha Resiste e Redes da Maré.
Combate ao Coronavírus nas Comunidades do Rio de Janeiro: O Grupo Amigos do Rio vai arrecadar cestas básicas com itens de higiene pessoal e alimentação. O Instituto Phi fará a compra e a distribuição das cestas, além do mapeamento das zonas com mais necessidades.
Ajude a CUFA a ampliar o combate ao coronavírus: Enquanto parte da sociedade está em quarentena, muitos moradores das favelas estão na rua. É por meio de serviços como coleta de lixo, caixas de supermercados, frentistas de postos de gasolina, portaria, segurança, entregadores de refeições, entre outros, que a cidade se mantém. E é exatamente esse um dos motivos que deixa a favela tão vulnerável. A Central Única das Favelas Brasil (CUFA), em parceria com centenas de organizações sociais, organizaram uma vaquinha de arrecadação.
Complexo da Maré contra o Coronavírus: A comunicação comunitária é uma ferramenta fundamental para informar os moradoras de favelas sobre os riscos da pandemia do coronavírus. O coletivos MARÉ Vive, MARÉ 0800 e AmarÉvê lançaram uma campanha de doação para manter vivas as ações de comunicação durante esse período.
Fundo de emergência para os sem-teto afetados pelo coronavírus: O Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem-Tetos lançou uma vaquinha junto ao Padre Júlio Lancelotti para prestar atendimento às famílias e promover ações de proteção e cuidado.