Ed. Física, perguntado por munizthiago2705, 9 meses atrás

sobre educação física que podemos reforçar muscular que antes de comprar sobre todos os últimos 50 anos​

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Respondido por debrave801
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Resposta:

A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente. Atualmente é praticamente um consenso entre os profissionais da área da saúde que a atividade física é um fator determinante no sucesso do processo do envelhecimento. É o objetivo desta revisão estabelecer os principais fatores determinantes do nível de atividade física durante o envelhecimento e os benefícios do estilo de vida ativo na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, na mortalidade e na manutenção da capacidade funcional durante esse processo.

Alguns dos conceitos que serão utilizados ao longo da discussão dos assuntos aqui tratados têm sido adequadamente definidos e compilados pelos melhores especialistas da área, que em reunião especial chegaram a alguns consensos1. Dentre aqueles, os conceitos que merecem especial atenção são:

a)Atividade física: definida como qualquer movimento corporal produzido em conseqüência da contração muscular que resulte em gasto calórico.

b)Exercício: definido como uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva; resultando na melhora ou manutenção de uma ou mais variáveis da aptidão física.

c)Aptidão física: é considerada não como um comportamento, mas uma característica que o indivíduo possui ou atinge, como a potência aeróbica, endurance muscular, força muscular, composição corporal e flexibilidade.

Desta forma poderíamos também considerar a própria definição dos autores1, de epidemiologia da atividade física, como a parte da epidemiologia que se preocupa com: a) a associação entre os comportamentos da atividade física e a doença; b) a distribuição e determinantes dos comportamentos da atividade física em populações específicas; e c) a associação entre atividade física e outros comportamentos.

Nível de atividade física, barreiras e motivação nos adultos de maior idade

Dentre essas associações propostas pela epidemiologia da atividade física, têm surgido pesquisas tentando estabelecer o padrão do nível de atividade física em diferentes populações de indivíduos de maior idade. Em 1994, Caspersen et al.1 compilaram informação de cinco grandes levantamentos realizados na população do sexo masculino maior de 65 anos da Inglaterra, Estados Unidos e Holanda. De acordo com aquelas pesquisas, a caminhada foi uma das atividades mais realizadas, variando de 38% a 72%, seguida pela jardinagem, que foi prevalente entre 37% e 67%. Já atividades como correr, trotar, jogar tênis e golfe foram realizadas por menos que um em cada dez indivíduos.

Dados provenientes de 2.783 homens e 5.018 mulheres maiores de 65 anos de idade da Pesquisa Nacional de Saúde dos Estados Unidos de 19902 determinaram a prevalência de atividade física regular, que naquele estudo foi definida como a participação em atividades físicas no tempo livre por três ou mais vezes por semana e por mais de 30 minutos nas últimas duas semanas. Com esses parâmetros os autores encontraram uma prevalência de atividade física regular de 37% no sexo masculino e 24% no sexo feminino. Mais uma vez, conforme os dados apresentados anteriormente, as atividades mais comumente realizadas foram a caminhada (69% dos homens e 75% das mulheres) e a jardinagem (45% dos homens e 35% das mulheres).

Considerando os agentes facilitadores no ambiente para o envolvimento regular com a atividade física os dados de Andrade et al.3 revelaram que, em ordem de prioridade, as pessoas maiores de 50 anos de idade realizavam atividade física por causa de indicação de:

Como parte de um estudo longitudinal de envelhecimento e aptidão física, Satariano et al.4 investigaram em 2.046 indivíduos maiores de 55 anos as barreiras para a prática da atividade física no tempo livre e encontraram que as mulheres reportaram mais barreiras para a prática do que os homens e as razões médicas incrementaram com a idade. As diminuições na velocidade de andar e sintomas de depressão figuram entre as razões não médicas citadas como obstáculos em homens e mulheres. Entre as primeiras cinco barreiras para a prática da atividade física nas mulheres foram citadas: a) a falta de companhia; b) a falta de interesse (mais comum nas mulheres de 65 a 74 anos); c) a fadiga; d) problemas de saúde; e e) a artrite. Nas mulheres maiores de 75 anos de idade problemas de saúde e funcionais, como medo às quedas, foram as principais barreiras mencionadas. Esses dados são similares aos já previamente reportados por Andrade et al.3 no levantamento feito no Estado de São Paulo. Desta forma a promoção da atividade física na terceira idade deve levar em consideração a falta de companhia e a falta de interesse, principais barreiras citadas, no momento de estabelecer políticas de saúde pública.

Explicação:

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