Sobre a obra "Quarto de Despejo - Diário de uma favelada", de Carolina Maria de Jesus.
1) A que gênero textual pertence tal obra? Que características deram essa dica?
2) A autora do texto é catadora de lixo e gosta de escrever para passar o tempo. Sabendo disso, responda:
a. Em que variante linguística está o texto lido? Justifique sua resposta
b. Nesse caso houve inadequação linguística? Por quê?
c. Caso o senhor Cantideo Sampaio escrevesse um texto como Carolina escreveu, essa variação estaria adequada? Por quê?
Soluções para a tarefa
Resposta:
a) o texto é o maisformal pssivel mesmo ela usando algumas "girias" como "batucada"
b) teve na parte em que ela fala tornava nosso café a palavra certa seria tomava nosso café
c) não pois o ponto de vista dele da favela não seria igual a de um morador de lá
Explicação: confia no pai
Carolina Maria de Jesus, escritora negra, favelada que traduz em sua obra Quarto de Despejo, as dores e o sofrimento do povo negro que vive a margem de uma sociedade excludente e marginalizadora.
Quarto de despejo
Quarto de despejo é uma obra vista como neorrealista, que corresponde à segunda geração do modernismo, com temáticas notadamente nacionalistas e regionalistas.
A obra retrata as realidades sociais, focada na parte pobre da cidade, favela, além de denunciar a condição de vida das pessoas marginalizadas pela sociedade.
O gênero literário utilizado por Carolina, traz a pessoalidade/ subjetividade como forma de traduzir os sentimentos.
Uma narrativa feita em primeira pessoa. Nesse estilo o autor se confunde com o narrador e o personagem principal (caracterizando-se narrador-personagem).
Como os textos retratam o cotidiano, é visto como parte integrante da realidade, onde as passagens fictícias se misturam com as reais.
O texto traz linguagem de diário, uso da primeira pessoa, bem como pelos verbos marcados no pretérito, principalmente o imperfeito e com as características:
- Marcação temporal do dia em que ocorreu o fato. Mistura de tempos no presente e no passado;
- Diálogo entre o escritor e o diário;
- Uso do vocativo (não obrigatório);
- Uso da primeira pessoa;
- Linguagem informal; na narrativa tradicional o tempo verbal usado é o passado, mas nas pequenas narrativas cotidianas utiliza-se o presente para dar mais dramaticidade, no diário é possível mesclar;
- Escrita confessional;
- Técnicas próximas às da crônica, relata-se um fato banal e o autor registra suas impressões e reflexões;
- Fragmentação, os eventos anotados não precisam ter coerência entre si.
Carolina Maria de Jesus: protagonista e narradora da própria história. Mãe solteira por opção, favelada e trabalha como catadora de lixo e metal. Utiliza da leitura e escrita para tentar mudar o sentido da vida que leva.
Carolina deixou como legado foi o espírito de luta, sempre teve a vontade de vencer e ver o seu maior sonho realizado: o de ser uma escritora.
Infelizmente hoje apesar de sua obra, seu “patrimônio “ é alvo de demandas e disputas judiciais por parte de seus descendentes.
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