sobre a imanência e transcendência decorre um texto explicando como Tomás de Aquino e Agostinho plantão contribuíram para esse tema.
Soluções para a tarefa
O filósofo antigo Platão foi o primeiro a reconhecer a diferença entre uma realidade imanente e uma transcendente em sua Filosofia, pois ele estabeleceu a distinção entre duas realidades: uma realidade material e sensível e outra realidade imaterial e suprassensível.
Imanência e Transcendência
Em geral, a imanência refere-se a algo que tem em si próprio o seu princípio e seu fim. A transcendência, por sua vez, faz referência a algo que possui um fim externo e superior a si mesmo. A imanência está ligada à realidade material, apreendida imediatamente pelos sentidos do corpo, e a transcendência está ligada à realidade imaterial, de uma natureza metafísica e puramente teórica e racional.
Desde Platão, a Filosofia tenta lidar com a diferenciação dos dois conceitos, visto que são antagônicos e que suscitam a discussão acerca da validade de cada um ou da superioridade de um deles.
Durante a Idade Média, a discussão acerca da validade de cada um desses conceitos dividiu o pensamento entre os filósofos neoplatônicos, como Agostinho, notadamente defensores da superioridade inquestionável da transcendência, e os filósofos aristotélicos, como Tomás de Aquino, que defendiam a validade da realidade imanente.
Contexto religioso
Essa discussão sobre a diferença entre os dois termos permeia a religião e pode ser mais bem visualizada no contexto religioso. Podemos classificar as duas, em relação ao pensamento religioso, da seguinte maneira:
Imanência: relaciona-se às religiões panteístas, como as religiões africanas e o hinduísmo. Aqui, a concepção da ideia de Deus não se separa da matéria, sendo parte integrante e indissociável dela. Deus está em tudo, permeia tudo e não é uma entidade criadora, mas, sim, organizadora. Na Filosofia, o pensador holandês Baruch de Spinoza propôs uma ideia de Deus imanente e panteísta, resumida na máxima: Deus sive natura (“Deus, ou seja, a natureza”). Deus seria uma substância presente em tudo e que participa de tudo;