Sobre a Gripe Espanhola, a historiadora baiana Christiane Mª de Sousa, do Núcleo de Tecnologia em Saúde do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, declarou em sua tese:
“Aconselhava-se à população precaver-se, fazendo uso de limonadas, quinino, aspirina e piramidon, evitando contato com os doentes. A limonada era prescrita em virtude do teor de vitamina C contido no limão, o que podia contribuir para aumentar a imunidade. O quinino era tido em todo país como preventivo da gripe; os outros remédios eram analgésicos e febrífugos, que só teriam valia para atenuar os sintomas dos já acometidos pela doença”.
Hoje, as recomendações de prevenção à Covid-19 têm foco total em isolamento social e em maiores cuidados higiênicos, primeiro passo quase universal para impedir a proliferação das enfermidades.
Mesmo com suas diferenças biológicas, sociais, temporais e geográficas, as pandemias costumam resguardar alguns pontos em comum, como o caos social, mudanças de comportamento e disseminação de informações falsas. Olhando para trás, fica clara a necessidade de investir e valorizar cada vez mais nas pesquisas científicas, na educação e nos profissionais da saúde. Afinal, mesmo com um histórico tão grande de pandemias, ainda temos muito o que avançar para impedir que esse tipo de fenômeno volte a assolar de forma terrivelmente fatal a humanidade.
5. Relacione a citação da historiadora baiana Christiane Mª. de Sousa ( citada no texto acima) com a pandemia atual:
Soluções para a tarefa
Resposta:
Existem inúmeras semelhanças entre a pandemia de Gripe ocorrida no início do século XX e a situação que estamos enfrentando atualmente, apesar dos 100 anos que as separam.
Mas para entendermos essas similaridades, é preciso lembrar o que foi aquele surto.
A pandemia ocorrida em 1918 e 1919, conhecida como “Influenza Hespanhola”, tem sido considerada uma das mais devastadoras e letais da história. Esta enfermidade alastrou-se por todas as regiões do planeta e deixou o maior número de infectados e mortos, se comparada com as pandemias ocorridas até então. Ela teria vitimado 20 milhões de pessoas em todo o mundo (mas alguns estudiosos falam em 50 milhões de mortos). Em relação ao número de doentes, as dificuldades para o cálculo são ainda maiores e os números, mais assustadores: supõe-se que teriam adoecido pelo menos 600 milhões de pessoas.
Existem várias teorias sobre a origem daquela pandemia. O certo é que ela foi propagada, e talvez gerada, pela queda dos padrões sanitários e pelos efeitos da escassez alimentar decorrentes da Primeira Guerra Mundial (conflito bélico ocorrido entre 1914 e 1918). Como consequência dessa situação calamitosa, a pandemia de gripe deixou, em alguns meses, um número maior de mortos do que a própria guerra. Quanto ao Covid-19, esse novo vírus também se alastrou por todas as regiões do planeta e está deixando igualmente um número muito grande de infectados e mortos. Assim como a Gripe Espanhola, o Coronavírus está causando pânico, paralização da vida cotidiana de boa parte do planeta, vem deixando transparecer antigos problemas sociais e de saúde pública. Esse novo vírus é facilmente transmissível, assim como a gripe, o que facilita sua rápida propagação.
As duas pandemias possuem inúmeras semelhanças, mas vale ressaltar também suas diferenças. Ao contrário da Gripe Espanhola, o atual surto tem sua origem já estabelecida, suas formas de propagação bem conhecidos e maneiras de evitar a contaminação. A situação está gerando uma corrida contra o tempo na busca por um remédio para curar os doentes e por uma vacina para tentar evitar novos casos. Não há comparação entre o conhecimento científico de um século atrás e o atual. Vale destacar aqui o importante papel que a Fundação Oswaldo Cruz vem desempenhando neste contexto.
pode fazer uma resumo na sua resposta se quiser e eu dei uma meia resumida...