sobre a ética de IMMANUEL KANT E DAVID HUME, na sua opiniao qual o mais coerente em seu ponto de vista, ajudaaaa urgente porfavor
Soluções para a tarefa
Tem sido dito, não inteiramente sem justificação, que a filosofia de David Hume
- o seu assim chamado "ceticismo naturalista"- ameaçou (ou mesmo chegou a
destruir) as bases, supostamente racionais, da ciência Newtoniana, da
moralidade, e da religião. A filosofia de Hume, é bom observar, focalizou-se,
quase que tão somente, em três conjuntos de problemas: epistemológicos,
filosófico-morais, e filosófico-religiosos. A acusação, pois, de que a sua obra
filosófica ameaçou os fundamentos da ciência, da ética, e da religião está
diretamente relacionada aos três focos principais de sua atenção filosófica.
É fato conhecido de todos que o próprio Kant admitiu ter sido Hume que,
através de sua obra epistemológica, o despertou de sua "sonolência
dogmática" e que o levou a fazer as investigações que culminaram na Crítica
da Razão Pura (1). Muitos já mostraram que o problema básico da primeira
Crítica foi proposto a Kant por Hume. O fato é reconhecido quase que
universalmente, e o próprio Kant o menciona repetidas vezes (2). Muitos
também já mostraram que a crítica filosófica que Hume fez à religião e à
teologia influenciaram a filosofia da religião de Kant, e muitas passagens na
"Dialética" da primeira Crítica substanciam esta afirmação (3).
O que não é amplamente reconhecido, porém, é que também o problema
básico da filosofia moral de Kant pode ser visto como uma tentativa
consciente, por parte de Kant, de responder às conclusões céticas e
"irracionalistas" de Hume a respeito da moralidade. Hume tentou mostrar que
a razão não pode ser a fonte de nossas distinções morais e o motivo de nossas
ações. Isto o levou a concluir que a base da moralidade se encontra nas
"paixões", no sentimento. Ao fazer as distinções morais uma questão,
ultimamente, de sentimento ou de gosto, e ao reivindicar que a razão nunca
pode determinar a vontade, ou mover-nos a agir, Hume excluiu a moralidade
da esfera da razão e excluiu a razão pura de toda e qualquer participação na
vida moral. A Crítica da Razão Prática foi escrita, no nosso entender, para
mostrar o erro desses pontos de vista Humeanos (4).
De um ponto de vista histórico, há pouca dúvida de que Kant estivesse
familiarizado com a teoria ética de Hume. Pontos de vista Humeanos são
aludidos em vários lugares em Fundamentos da Metafísica da Moralidade e na
segunda Crítica (5). Paul Arthur Schilpp, em seu livro, Kant's Pre-Critical Ethics,
apresenta evidência que mostra ser bastante provável que Kant tenha sido
introduzido às teorias éticas de Hutcheson e Hume por volta de 1756. Ambos
são mencionados nas cartas dirigidas a Kant por Hamann em 1759, e Hamann
pressupõe que Kant esteja familiarizado com as teorias de ambos. No esboço
de seu curso sobre ética, que aparece no catálogo de suas preleções para o
Inverno de 1765-1766, Kant menciona Shaftesbury, Hutcheson e Hume, e
observa que suas teorias, "embora inacabadas e deficientes, são as que mais
levaram adiante a busca dos primeiros princípios de toda a moralidade". Ele
promete suplementar estas teorias, em suas próprias