História, perguntado por 1211tittonanderson, 3 meses atrás

Sobre a crise das grandes narrativas históricas é correto afirmar

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Respondido por bigbanglog
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Resposta:

O fim das grandes narrativas leva a um imprescindível reconhecimento do outro e de sua identidade, do  diferente e de sua alteridade, do ele e sua personalidade sem afastar ambas e esse fato é fundamental  na discussão do patrimônio cultural imaterial, pois reconhece e valoriza todas as matrizes culturais  e seus conhecimentos.

Explicação:

A década de 80 foi um período da redescoberta do pragmatismo na filosofia; as mudanças sobre a filosofia  da ciência promovida por Kuhn (1962) e Feyerabend (1975); a ênfase foucaultiana na descontinuidade,  na diferença e a primazia dada por ele a correlações polimorfas em vez da causalidade simples ou  complexa; novos desenvolvimentos na matemática, acentuando a indeterminação (a teoria da catástrofe  e do caos, a geometria dos fractais); dentre outros.  Estes elementos geraram discussões críticas sobre a modernidade e sobre seus conceitos fundamentais  como verdade, razão, legitimidade, universalidade, sujeito e progresso.  Afastou- se, assim, o “projeto” da modernidade, passando a privilegiar a heterogeneidade e a  diferença como   forças   libertadoras   na   redefinição   do   discurso   cultural.    A   fragmentação,   a indeterminação e a intensa desconfiança de todos os discursos universais ou  totalizantes são, portanto, o marco do pensamento pós-moderno.  O pós-moderno caracteriza-se exatamente pela incredulidade perante o metadiscurso filosófico-metafísico,  é o fim das grandes narrativas, cuja função era fundamentar e legitimar a ilusão de uma história  humana ocidental e “universal”.

A ciência, a filosofia e a história deixam de possuir  a aura universalizante moderna e passam a constituir, mais modestamente, apenas um conjunto de narrativas.   Desde a 2ª guerra mundial as grandes narrativas vêm perdendo poder de legitimar o trabalho científico  e isso gera necessariamente uma consequência cultural.  O fim das grandes narrativas passa a ser determinante para a discussão do patrimônio cultural, pois  insere entre os bens culturais nacionais os bens imateriais, incluindo outras narrativas existentes   fora  do  padrão  moderno  europeu,  asseverando  a  diversidade  de  nossa  matriz cultural.

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